Padrões faciais de portadores da Síndrome de Williams e de não portadores.
A Síndrome de Williams, ou Síndrome
Williams-Beuren, é uma desordem genética, raramente com manifestação
hereditária, e que ocorre em aproximadamente uma criança a cada vinte e
cinco mil nascimentos; apresentando impactos nas áreas comportamental,
cognitiva e motora. Descrita na década de 60, ocorre em ambos os sexos e
grupos étnicos, e nem sempre é diagnosticada com facilidade.
Tais pessoas, na maioria dos casos,
apresentam alterações no lócus do gene da elastina, em um braço do
cromossomo sete. A diminuição dessa proteína, portanto, justifica o
porquê de geralmente apresentarem alterações cardiovasculares, voz
rouca, genitália pequena, face característica, necessidade frequente de
urinar e envelhecimento prematuro. Aproximadamente outros trinta genes,
desse mesmo cromossomo, resultam nas outras características atribuídas à
síndrome.
Suas faces tendem a seguir certos
traços, como nariz pequeno e empinado, lábios grandes, dentes pequenos,
bochechas proeminentes e queixo pequeno; apresentando-se sempre
sorridentes. Apesar de nascerem com peso mais baixo, e terem crescimento
mais retardado, a puberdade geralmente se inicia mais cedo.
Portadores dessa síndrome, apesar de
demorarem um pouco mais a falar, se expressam de forma bastante
articulada e fluente, sendo muito sociáveis, entusiasmados e
comunicativos. Têm dificuldades em reconhecer ironias ou intenções não
verbais de outras pessoas. As crianças tendem a apresentar maior
facilidade em lidar com adultos do que com pessoas da sua idade.
Geralmente utilizam frases
estereotipadas, gravam com facilidade nomes de pessoas e locais, e
tendem a ter comportamento ansioso e hiperativo. Têm medo de altura e
superfícies irregulares, possuem dificuldade de locomoção e equilíbrio, e
também dificuldades de aprendizagem, principalmente no que se diz
respeito a cálculos numéricos e orientação espacial. Considerando que a
maioria dos educadores não é devidamente preparada para lidar com alunos
em condições especiais, tais dificuldades podem se apresentar bem
maiores do que são, de fato.
Por serem hipersensíveis a sons, podem
se assustar com determinados ruídos e barulhos; mas, em contrapartida,
possuem grande facilidade e desenvoltura com a música.
Diagnóstico:
Em muitos casos, a análise clínica do
paciente já oferece resultados conclusivos. Entretanto, pode ser
necessária a realização de exames de cariótipo dos glóbulos brancos e
análise dos genes da elastina e L1Mquinase por uma técnica conhecida
como FISH.
Como lidar?
A Síndrome de Williams não tem cura.
Entretanto, o diagnóstico precoce e acompanhamento desde criança
permitem com que determinados aspectos cognitivos, comportamentais e
motores sejam trabalhados, oferecendo excelentes resultados.
Estimulados e treinados desde a
infância, são capazes de conquistar relativa autonomia e, inclusive,
exercer uma profissão. Na escola e em casa, a criança pode acompanhar,
juntamente com outras de sua idade, aquilo que é capaz, sendo necessário
atendimento diferenciado somente em situações nas quais seu aprendizado
precise desse tipo de ajuda.
Além disso, o acompanhamento precoce
permite o alívio de sintomas e prevenção de doenças cujos portadores se
apresentam predispostos. Assim, pode ser importante a realização
periódica de exames cardiológicos, de audição, visão e de dosagem de
cálcio; acompanhamento de peso e nutricional (já que 30% dos adultos com
essa síndrome tendem a ser obesos); avaliação de problemas digestivos e
urinários, ortopédicos, neurológicos e odontológicos.
Com esses cuidados, a expectativa de
vida dos portadores é normal.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Fonte:http://www.brasilescola.com/doencas/sindrome-williamsbeuren-swb.htm
Nota da autora do blog: A palavra portador foi mantida em respeito e fidelidade ao texto original na integra
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