AEE

AEE
A Sala de Recursos Multifuncionais do Centro de Educação de Jovens e Adultos - CEJA Ana Vieira Pinheiro é um espaço onde o AEE- Atendimento Educacional Especializado acontece considerando as necessidades específicas do aluno para complementar e/ou suplementar a sua formação, identificando, elaborando e organizando recursos pedagógicos e de acessibilidade que favorecem a inclusão e eliminam as barreiras para a plena participação dos alunos com deficiência, fortalecendo sua autonomia na escola e fora dela.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Síndrome de Burnout em Professores

O Aprendendo estabelecer relações


O primeiro passo para possibilitar o estabelecimento de relações, deve ser dado o mais cedo possível, é o aprendizado das comparações
O passo inicial no processo de comparação é o aprendizado do conceito IGUAL e das variadas formas diferentes (objetos,cores, formas, tamanhos,letras e números)
 O ensino do conceito  IGUAL inicia-se pelo os professores que chamam de "emparelhamento" ou "pareamento". É o ato de identificar objetos ou figuras iguais na sua totalidade ou parcialmente.  Inicia-se pareamento por objetos concretos para depois figuras.
 
Fonte :http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

PENSE NISSO



``O mundo precisa saber que existem enormes diferenças de comportamento humano. As pessoas estão muito dispostas a descartar alguém que não responde como elas gostariam``,
John Elder Robinson

FONTE : Fábio Adiron

08 de Março - Dia Internacional da MULHER

Estamos nos aproximando do dia internacional da mulher, isso me fez recordar de um post que li em 2010 no blog acessibilidade siga essa ideia. Vale ver de novo: 

IMPRESSÃO DE UMA MULHER COMUM


Impressão de uma mulher comum
Por: Naira Rodrigues
Este artigo se propõem explicitar as impressões e pensamentos de um mulher comum, daquelas que não tem nada de especial, sem habilidades fantásticas ou talentos extraordinários.
Nos últimos tempos tenho me deparado com um crescente número de matérias, programas de televisão e documentários, tratando da temática da pessoa com deficiência do ponto de vista do dia-a-dia de pessoas extraordinárias. Só homens e mulheres, que fazem de sua vida algo fantástico, escalando prédios, cantando divinamente, escrevendo poesias, entre outros tantos talentos. Faz algum tempo que venho me perguntando com seria, na verdade a vida de cada uma dessas pessoas, com que "cara" acordam, como se sustentam verdadeiramente, quando choram ou riem. Confesso que sinto-me excluída desse hall de pessoas fabulosas e, para piorar, fui chamada para um desses documentários, uma proposta envaidecedora, uma vez que seria um filme sobre a vida de algumas poucas pessoas cegas escolhidas e eu, uma pessoa tão comum, fui escolhida!
Pois a coisa não era bem como eu imaginava, no dia da gravação, tudo pronto, um aparato enorme, todos prontos? Eu estava lá ansiosa esperando o que iria acontecer naquele dia.
Durante a filmagem me deparei com um diretor que estava montando um cenário que não parecia muito semelhante ao que representava meu dia-a-dia, enfim, coisas do cinema. Durante a entrevista para o filme, após algumas horas de exaustiva filmagem de movimentos e cenas, para mim, sem nexo, o diretor me faz a pergunta: E você quais seus talentos especiais? Como é sua rotina?
Parei por um instante, pensei no que deveria responder e disse: Meu talento especial? Minha rotina é como a de tantas mulheres que criam seus filhos sozinhas, acordo muito cedo, arrumo meus filhos para a escola, tomo meu café correndo, os levo pra a escola e sigo para o trabalho de metrô.
Ele insistiu: Uma mulher como você ativa, bonita, certamente tem algum talento especial, seus sentidos devem ser muito mais apurados. Você escreve? Canta? Faz algum esporte radical?
Bem, não vou ficar aqui relatando a situação na integra, mas foi isso, ele queria descobrir qual meu "super-poder" e, então quando eu contei detalhadamente minha rotina fui cortada do filme, não tinha o perfil que eles buscavam para aquele documentário.
Tenho a impressão que ainda queremos ver mulheres super poderosas, o mito do super-herói existe em toda a sociedade, mais dentro de nós, das pessoas que precisam mostrar seus poderes para sentir-se gente.
Onde ficam as mulheres, aquelas que tem suas vidas repletas de riscos, alegrias, tristezas, emoções, cansadas e com energia para recomeçar a cada dia.
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência traz um artigo exclusivo para as mulheres com deficiência, afirmando que os estados partes devem promover a proteção pra todas as mulheres com deficiência em igualdade de condições com as demais mulheres do mesmo estado. Pessoalmente, sinto-me contemplada pela Convenção nesse artigo, uma vez que trabalho todos os dias em busca de ser mais uma na multidão, de estar em igualdade de condições, sem mitos especiais, sem compensações quase divinas por ser alguém que com uma deficiência, simplesmente teima em viver.
Talvez, esteja parecendo amarga nesse momento, mas, de verdade, fico pensando porque pessoas comuns, que cuidam de seus filhos, trabalham, pagam suas contas com dificuldades, utilizam transporte público, tentam estar bem com seu corpo, sua imagem, seus parceiros e, tudo isso, incluindo a deficiência, porque essas pessoas não estão na mídia, não fazem parte da representação social que estamos construindo a partir do modelo de uma sociedade para todos.
Bem, estamos em 08 de março de 2010, dia internacional da mulher, de qualquer mulher, da mulher comum, da mulher com ou sem deficiência, da mulher que ama e deseja ser amada, da mulher que vive intensamente cada minuto, daquela que é livre em seu pequeno mundo, daquela que sente-se presa em suas fantásticas vidas de heroínas?.

FONTE: http://acessibilidasigaessaideia.blogspot.com/

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Passamos dos 10.000 visitantes!!



SOBRE O NASCER DA ALEGRIA
Texto de Aluísio Cavalcante jr.



Quando a vontade

De semear esperanças,

Encontra-se com a certeza

De um mundo melhor,

A vida engravida de ternura,

E de sua mais perfeita alegria,

 Faz nascer um professor.



Obrigada a todos, professores, pais, alunos e interessados em inclusão!
Fico muito feliz em passarmos dos 10.000 visitantes!


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Autistas no mercado de trabalho

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08/11/2011 - Revista IstoÉ.
 
Como o maior conhecimento sobre o transtorno, terapias adequadas e diagnóstico precoce têm permitido às pessoas com autismo trabalhar.

Um cenário impensável no passado.

Na empresa dinamarquesa de testagem de softwares Specialisterne, 80 dos 100 funcionários têm autismo. Uma das pioneiras na contratação de mão de obra autista, ela é um exemplo do grande avanço ocorrido nos últimos anos no universo das pessoas que convivem com esse transtorno. Com a melhor compreensão sobre a síndrome, os autistas têm deixado a clausura do espaço privado e ganhado o espaço público.
“O autismo é um conjunto muito heterogêneo de condições que têm como ponto de contato os prejuízos nas áreas da comunicação, comportamento e interação social”, explica o neurologista Salomão Schwartzman. Se durante muito tempo se falou apenas dessas dificuldades, atualmente começam a ser discutidas as habilidades associadas e como isso pode ser aproveitado em diferentes profissões. Tanto que já há uma primeira geração a chegar ao mercado de trabalho. “Eles têm boa memória, uma mente muito bem estruturada, paixão por detalhes, bom faro para encontrar erros e perseverança para realizar atividades repetitivas”, disse à ISTOÉ o fundador da Specialisterne, Thorkil Sonne.
Sonne resolveu investir no filão após o nascimento do filho autista Lars, hoje com 14 anos. A aposta deu tão certo que a empresa abriu unidades na Islândia, Escócia e Suíça e tem servido de inspiração para outras iniciativas. O empresário calcula entre 15 e 20 os projetos inspirados na matriz dinamarquesa em todo o mundo. Um deles é a Aspiritech, nos Estados Unidos, que, desde o ano passado, funciona com 11 engenheiros autistas trabalhando no teste de softwares.
“Desde a década de 80, pesquisas mostram que essas pessoas têm uma capacidade muito maior de perceber pequenos detalhes visuais”, falou à ISTOÉ Marc Lazar, da Aspiritech. “Em testes para medir essa habilidade, eles cumprem o desafio em 60% do tempo gasto pelos demais e com grande acurácia.”
Para se chegar à observação dessas qualidades foi preciso superar um erro de interpretação. “Por muito tempo, o autismo foi encarado como uma deficiência intelectual”, diz Adriana Kuperstein, diretora da Re-fazendo, assessoria educacional especial de Porto Alegre. O que se percebeu posteriormente é que em apenas alguns casos há a associação com deficiências intelectuais. Muitos autistas têm o intelecto preservado, vários com inteligência superior à média, mas não conseguem interagir porque não sabem usar os canais normais de comunicação.

Confiança - O dinamarquês Thorkil Sonne tem uma empresa que aproveita as habilidades dos autistas.

“É como um computador sem os softwares necessários para realizar determinada tarefa”, compara a psicóloga Alessandra Aronovich Vinic, que pesquisa autismo. Em seu consultório, ela aplica o método do treino das habilidades sociais. Seus pacientes aprendem, por exemplo, a reconhecer as feições relacionadas a sentimentos, como tristeza e alegria, ou a fixar o olhar no outro enquanto conversam. Pode parecer prosaico, mas faz toda a diferença para quem tem autismo.
“As pessoas se comunicam visualmente o tempo todo”, fala Júlia Balducci de Oliveira, 23 anos. Para a jovem, não conseguir olhar nos olhos era uma fonte de angústia só superada com terapia. Formada em cinema, hoje Júlia trabalha na direção de um documentário sobre o autismo.
Atualmente se sabe que quadros mais discretos também se incluem no chamado espectro autista, com boas possibilidades de tratamento. “Mas há 30 anos somente pacientes muito graves eram diagnosticados”, explica Ricardo Halpern, da Sociedade Brasileira de Pediatria. “Eles eram internados, sedados e alijados do convívio social.” A delimitação desse grupo maior de pessoas aprimorou os métodos de tratamento. “As intervenções começaram a ser feitas mais precocemente, gerando maior inserção social”, disse à ISTOÉ o brasileiro Carlos Gadia, professor do departamento de neurologia da Universidade de Miami e diretor-médico da ONG Autismo&Realidade. Os principais beneficiados foram os pacientes de quadros mais leves.
Foi o caso da jovem Fernanda Raquel Nascimento, 18 anos. A terapia ajudou a jovem a vencer os obstáculos que encontrava para interagir. Também progressivamente ela transformou em profissão o que era uma de suas formas de comunicação, o desenho. Hoje ela comemora seus primeiros trabalhos de ilustração para a Livraria Saraiva, em São Paulo. “Com o dinheiro, quero cursar faculdade”, diz. A jovem ainda trabalha em casa, mas o objetivo é que passe a dar expediente no escritório. “Ela realiza um trabalho de alta qualidade e com um ótimo atendimento da demanda”, fala Jorge Saraiva, proprietário da rede de livrarias. Depois do contato com Fernanda, a empresa iniciou um plano para a contratação de pessoas com diferentes tipos de transtorno, entre eles, o autismo. Que se torne um cenário comum.

Revista Isto É - Rachel Costa.
Fonte:   http://www.bengalalegal.com/autistas-e-mercado

Como Sonham os Cegos.


18/02/2006 - Beto Ugarte

Não me atreverei a dar uma resposta mais genérica, pois ainda existem poucas pesquisas a esse respeito. Tratarei de responder a essa pergunta através de minha própria experiência, e a de outros cegos, aos quais agradeço a contribuição.
Normalmente os cegos de nascimento, ou os que perderam a vista com pouca idade, não sonham com imagens, mas em seus sonhos podem falar, escutar, sentir, cheirar, saborear, etc. Os cegos que perderam a visão com mais idade, possuem imagens em seus sonhos, mas estas podem ir diminuindo com o tempo, e mesmo desaparecerem por completo. Geralmente, os cegos que perderam a visão já adultos, podem sonhar alguns dias com imagens, outros sem elas.
Para dar a esse tema um caráter mais prático, citarei o testemunho de alguns cegos adultos, que colaboraram relatando ou explicando seus próprios sonhos, deixando mais claro como sonham os cegos.

Angela Marín, 27 anos. Cega total de nascimento.

Geralmente meus sonhos se repetem e as pessoas com quem sonho também. Sonho que estou com meus pais, em casa ou no carro, ou caminhando com meus amigos. Em meus sonhos não os vejo, mas sei que estão ali, que me falam. Eu os escuto e respondo. Uma vez sonhei que estava viajando para Cuzco em um avião em companhia de minha irmã e uns amigos. E eu lhes dizia:
- Como vamos chegar? É possível que nos afete a altura.
E eles diziam:
- Não importa. Anime-se e vamos. Se tivermos problemas, regressamos.
Em meus sonhos não vejo, porém em ocasiões posso cheirar. Já sonhei que comia e que podia cheirar, saborear a comida.

Luis Alberto Nakamatsu, 34 anos. Cego total de nascimento.

Eu sonho com as coisas que faço sempre. Também sonho com as pessoas com quem convivo regularmente, que podem ser os amigos, pais, namoradas. Não existem imagens, porém, somente sons, tatos, cheiros, prazer e dor, sentimentos.

Fernando Montez, 29 anos. Cego desde os 9 meses de nascido, com cegueira total.

Em meus sonhos nunca vejo, mas posso escutar, falar, inclusive cheirar. Assim mesmo, muito poucas vezes sonho que caminho na rua com a bengala, embora, na vida real, eu o faça muitas vezes. Algumas vezes sonho que converso ou me dirijo a pessoas cujas vozes, em realidade, nunca escutei antes. Por exemplo: sonhei que conversava com uma menina e, como é óbvio, ouvia sua voz. Entretanto, nunca a escutara falar na vida real, embora a tenham descrito para mim. Certa ocasião, lendo um famoso romance, sonhei que falava com uma mulher, uma das personagens da obra e, apesar de ser um personagem totalmente fictício, no sonho pude ouvir sua voz.
Outra vez sonhei que me encontrava na praia com umas amigas que só conhecia no sonho. Eu conversava com elas contente quando veio uma onda gigantesca, mas antes que esta onda chegasse até a mim, fui levantado no ar por uma ventania: pude sentir (tato) claramente como aquele forte vento me levantava. Permaneci no ar durante uns 7 a 10 segundos, quando caí lentamente além de um pequeno muro que estava perto da praia, onde se encontravam minhas amigas, que comentavam, de forma breve, o que eu havia passado. Logo segui falando com elas, feliz e ileso.

Charo Galarza, 33 anos. Cega desde os 2 anos.

Em meus sonhos existem sons e vozes, além de cheiros e sabores. Não sonho com imagens. Dificilmente sonho que estou andando com minha bengala e, geralmente, estou sozinha caminhando por lugares que conheço ou, em outros, com pessoas que me guiam.

Gustavo Adolfo, 40 anos. Cego desde os 7 anos.

Até meus 10 ou 12 anos, eu via em meus sonhos, depois comecei a sonhar sem ver. Quando em meus sonhos eu via, era com lugares que eu tinha conhecido ao enxergar, mas quando eu comecei a sonhar sem imagens visuais, começaram a aparecer lugares que eu não conhecia. Recordo que, quando eu era menino, sonhei que eu estava com um amigo e que caminhávamos pelo pátio de uma casa. Eu via uma mancha ao fundo em uma parede e disse a ele que ela poderia nos fazer dano. Então ele começou a correr, mas quando quiz fazê-lo também, senti como se minhas pernas fossem de chumbo. Corria muito devagar, com passos muito lentos, pesados. Sem dúvida, desde meus 10 ou 12 anos não conseguia mais ver bem em meus sonhos, como poderia correr?
Em meu primeiro sonho, que eu me lembre, em que não podia mais ver, eu estava em um colégio que fica no distrito de Barranco. Eu caminhava em seus ambientes, estranhos para mim.

John Hinojosa, 23 anos. Cego total desde os 9 anos.

Eu perdi a vista aos 9 anos e quanto mais passava o tempo eu ia sonhando como percebo as coisas agora, ou seja, sem visão. Quando tinha 15 ou 16 anos sonhei que estava em um anfiteatro com várias pessoas, que me pediram para eu falar 3 números. O primeiro que dei foi o número 8. Então todos moveram a cabeça para mostrarem seu desacordo com minha escolha, e tudo começou a se destruir. As pessoas caíram esmagadas e logo eu estava numa terra desértica, onde havia montes de entulhos, muita destruição. Nesse pesadelo pude ver com imagens o anfiteatro com as pessoas, e como as coisas eram destruidas.
Todavia, aos 18 anos, a metade dos meus sonhos eram com visão. Agora tenho as imagens visuais menos perceptíveis. Raras vezes sonho com branco, todo os sonhos são meio obscuros, nublados. Desde que sou cego só me recordo de sonhar umas duas ou três vezes com imagens de cores claras como o branco. Quando sonho com pessoas, só as escuto, mas quando sonho com objetos, os percebo com mais detalhes. Sonho mais com o mar, os montes, que com meus sonhos posso recordar, mas o rosto de pessoas não.

Lucio Suárez Sánchez, 30 anos. Cego total desde os 17 anos.

As vezes sonho vendo, as vezes como agora, ou seja, sem ver, mas posso escutar. geralmente quando sonho e vejo é em qualquer ambiente, porém é noite. Muitas poucas vezes sonho vendo de dia. Também em meus sonhos, posso ver a gente que conheci depois de perder a visão. Eu as conheço pela descrição que as pessoas me fazem delas. Construo em minha mente uma espécie de progressão visual dos rostos.

Obs: Esse texto foi retirado do site peruano: www.infociegos.com Site Externo., pertencente al Sr. Beto Ugarte, cego desde os 9 meses de nascido.
Traduzido por Marco Antonio de Queiroz, MAQ.
Fonte: http://www.bengalalegal.com/comosonham 

Como devo lidar com um filho autista?



Comece por você, se reeduque, pois daqui prá frente seu mundo será totalmente diferente de tudo o que conheceu até agora. Se reeducar quer dizer: fale pouco, frases curtas e claras; aprenda a gostar de musicas que antes não ouviria; aprenda a ceder, sem se entregar; esqueça os preconceitos, seus ou dos outros, transcenda a coisas tão pequenas.
Aprenda a ouvir sem que seja necessário palavras; aprenda a dar carinho sem esperar reciprocidade; aprenda a enxergar beleza onde ninguém vê coisa alguma; aprenda a valorizar os mínimos gestos.

Aprenda a ser tradutora desse mundo tão caótico para ele, e você também terá de aprender a traduzir sentimentos, um exemplo disso: "nossa, meu filho tá tão agressivo", tradução: ele se sente frustrado e não sabe lidar com isso, ou está triste, ou apenas não sabe te dizer que ele não quer mais te ver chorando por ele.

Você irá educar bem seu filho se aprender a conhecer o autismo "dele", pois cada um tem o seu próprio, mesmo que inserido em uma síndrome comum.

Deverá aprender a respeitar o seu tempo, o seu espaço, e reconhecer mesmo com dificuldades que ele tem habilidades, e verá que no fundo elas são tão espetaculares!

Você irá aprender a se derreter por um sorriso, a pular com uma palavra dita, e a desafiar um mundo inteiro quando este lhe diz algum não.

Você começará a ver que com o tempo está adquirindo super-poderes, e que a Mulher-Maravilha ou o Super-Homem, não dariam conta de 10% do que você faz.

Você tem o super poder de estar em vários lugares ao mesmo tempo, afinal escola, contraturno, natação, Son-Rise, integração sensorial, consultas, Fono, musicoterapia, equoterapia, pedagoga, ufa... Dar conta de tudo isso só se multiplicando e ainda se teletransportando!

Você é a primeira que acorda e última que vai dormir isso é, quando ele te deixa dormir, e no outro dia tá sempre com um sorriso no rosto ao despertar do teu galã.

Você faz malabarismos e consegue encaixar o salário da família, em tantas contas e coisas que precisa fazer, que só mesmo com super-poderes.

Você nota que seu cérebro é privilegiado, embora você nunca tivesse imaginado que dentro de você haveria um pequeno Einstein, pois desde o diagnóstico de seu filho, você já estudou: neurologia, psiquiatria, pediatria, fonoaudiologia, pedagogia, nutrição, farmácia, homeopatia, terapias alternativas, e tantas outras matérias.

Você dá aula de autismo, ouve muitas bobagens em consultórios de bacanas, e ainda ensina muitos deles o que devem fazer ou qual melhor caminho a seguir para que seu filho possa se dar bem. Ah... E a informática que anteriormente poderia lhe parecer um bicho-de-sete-cabeças...à partir deste filho, você encarou, e domina o ciberespaço como ninguém!

São tantas listas de autismos, blogs, facebook, Orkut, twitter...ih...pesquisa no Google então, já virou craque, ninguém encontra nada mais rápido que você!

Uma hora você verá o que essa "reeducação" proporcionou a você, pois hoje você é uma pessoa totalmente diferente do que era antes de ser mãe de um autista. Nossa como você mudou, hein? E topará com a pergunta que não quer calar: "como devo educar meu filho autista?"

Olhará ao redor, olhará para seu filho e perceberá que ele também está diferente, que ele cresceu, que já não é tão arredio, que as birras já não se repetem tanto, que ele até já te joga beijos! Que aquela criança que chegou solitária na escola, hoje já busca interagir, e já até fez algum amiguinho. Que ele já está aprendendo "jeitinhos" de se virar, e nem te requisita tanto mais.

Então, chegará a conclusão que mesmo sem saber responder a tal pergunta, você tá fazendo um bom trabalho, e que ninguém no mundo poderia ser melhor mãe/pai que você para esse filho!


Claudia Moraes
 
Fonte: http://autismovivenciasautisticas.blogspot.com

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

DIVERSIDADE


Fonte:http://driogeda.blogspot.com/
Autora: Tatiana Belinky


Um é feioso,
Outro é bonito
Um é certinho
Outro, esquisito



Um é magrelo
Outro é e gordinho
Um é castanho
Outro é ruivinho

Um é tranqüilo
Outro é nervoso
Um é birrento
Outro dengoso

Um é ligeiro outro é mais lento
Um é branquelo
Outro sardento


Um é preguiçoso
Outro ,animado
Um é falante
Outro é calado

Um é molenga
Outro forçudo
Um é gaiato
Outro é sisudo

Um é moroso
Outro esperto
Um é fechado
Outro é aberto

Um carrancudo
Outro ,tristonho
Um divertido
Outro, enfadonho

Um é enfezado
Outro é pacato
Um é briguento
Outro é cordato
De pele clara
De pele escura
Um ,fala branda
O outro, dura

Olho redondo
Olho puxado
Nariz pontudo
Ou arrebitado

Cabelo crespo
Cabelo liso
Dente de leite
Dente de siso

Um é menino
Outro é menina
(Pode ser grande ou pequenina)

Um é bem jovem
Outro, de idade
Nada é defeito
Nem qualidade

Tudo é humano,
Bem diferente
Assim, assado todos são gente

Cada um na sua
E não faz mal
Di-ver-si-da-de
É que é legal

Vamos, venhamos
Isto é um fato:
Tudo igualzinho

Ai ,como é chato!

Oxalá que agente aprenda a conviver com a diferença!

Nossa Senhora do Amor Inclusivo


Com todo respeito aos meus amigos e visitantes de todas as religiões, posto a imagem que encontrei em http://diferenteeficientedeficiente.blogspot.com/  , entendendo que sua carga significativa pode ser contemplada por qualquer um de nós.


A minha mãe chamava-me Girina

Mafalda Ribeiro - comunicadora com Osteogenesis Imperfecta




Fonte: http://mulher.sapo.pt/cronicas/thank-god-i-m-a-wheels-woman/a-minha-mae-chamava-me-girina-1205749.html



Sob o mesmo prisma do sapo que um dia se transformou em príncipe, pelo poder do amor, atrevo-me a partir de hoje - que é um dia perfeito porque é sete - e semanalmente, sempre as quartas-feiras, a desfiar o novelo das minhas emoções aqui. Porque nem tudo o que parece é...  Sou uma mulher que faz do tempo um compasso de espera pelo toque do tal beijo no sapo. Um beijo dado pela humanidade a tudo o que é apelidado de diferente, quando diferentes somos todos, até os sapos. Um beijo capaz de transformar o ângulo de visão daqueles que experimentam beijar e com isso ver para além das aparências. Um beijo que deveria acontecer mais do que uma vez e diariamente ao contrário de ter anualmente data marcada para ser dado: o 3 de Dezembro em que se assinalou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Porque há mulheres que, se lhes tirarmos aquilo que se vê à primeira vista, são, como deveriam ser todas as mulheres, princesas no trono da vida todos os dias. Sentadas nele, com um olhar mais atento, penetrante nas coisas banais, são mulheres que guardam dentro de si a perseverança e a aceitação de permanecerem permanentemente num corpo incompleto de um qualquer dos cinco sentidos. Vale-lhes o sexto, quase exclusivamente concedido à mulher, ainda mais apurado aquando da falta de visão, audição, sensibilidade no tacto, fala ou mobilidade. Eu sou uma dessas mulheres a quem o destino concedeu um trono com rodas. Há mais de um quarto de século, não sabia o que eram fadas boas nem bruxas más, mas senti a magia (que dura até hoje) da invisível varinha de condão que me tocou nas primeiras horas de vida e me soprou baixinho ao ouvido: "vive..."! Agora, sentada na minha cadeira de rodas sei que fui abençoada; ser como sou não é uma maldição sedenta de um milagre, é um estado de consciência de que os finais felizes não foram escritos só para príncipes e princesas. Afinal, os sapos também são filhos de Deus...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Um dos comerciais mais emocionantes do mundo!

28 lições de vida!!!!


 
Encontrei hoje no blog Clarear Down uma lista com 28 lições de vida que um pai escreveu para seus filhos depois de saber seu diagnóstico de câncer terminal, o que me fez lembra da minha mãe que acometida da mesma doença acompanha meus passos junto de Deus. Creio que vale a pena  publicar aqui:


“Nessas últimas semanas, depois de saber de meu diagnóstico terminal, procurei encontrar em minha alma e em meu coração maneiras de estar em contato com vocês enquanto vocês crescem. Estive pensando sobre o que realmente importa na vida, e os valores e as aspirações que fazem das pessoas felizes e bem-sucedidas.
Na minha opinião, e vocês provavelmente têm suas próprias ideias agora, a fórmula é bem simples. As três virtudes mais importantes são: lealdade, integridade e coragem moral.
Se aspirarem a elas, seus amigos os respeitarão, seus empregadores o manterão no emprego, e seu pai será muito orgulhoso de vocês.
Estou dando conselhos a vocês. Esses são os princípios sobre o quais tentei construir a minha vida e são exatamente os que eu encorajaria vocês a abraçar, se eu pudesse.”


  1. Amo muito vocês. Não se esqueçam disso.
  2. Seja cortês, pontual, sempre diga “por favor” e “obrigado”, e tenha certeza de usar o garfo e a faca de maneira correta. Os outros decidem como tratá-los de acordo com as suas maneiras.
  3. Seja generoso, atencioso e tenha compaixão quando os outros enfrentarem dificuldades, mesmo que você tenha seus próprios problemas. Os outros vão admirar sua abnegação e vão ajudá-lo.
  4. Mostre coragem moral. Faça o que é certo, mesmo que isso o torne impopular. Sempre achei importante ser capaz de me olhar no espelho toda manhã, ao fazer a barba, e não sentir nenhuma culpa ou remorso. Parto deste mundo com a consciência limpa.
  5. Mostre humildade. Tenha a sua opinião, mas pare para refletir no que o outro lado está dizendo, e volte atrás quando souber estar errado. Nunca se preocupe em perder a personalidade. Isso só acontece quando se é cabeça-dura.
  6. Aprenda com seus erros. Você vai cometer muitos, então os use como uma ferramenta de aprendizado. Se você continuar cometendo o mesmo erro ou se meter em problema, está fazendo algo errado.
  7. Evite rebaixar alguém para outra pessoa; isso só vai fazer você ser visto como mau. Se você tiver um problema com alguém, diga a ela pessoalmente. Suspenda fogo! Se alguém importuná-lo, não reaja imediatamente. Uma vez que você disse alguma coisa, não pode mais retirá-la, e a maioria das pessoas merece uma segunda chance.
  8. Divirta-se. Se isso envolve assumir riscos, assuma-os. Se for pego, coloque suas mãos para cima.
  9. Doe para a caridade e ajude os menos afortunados que você: é fácil e muito recompensador.
  10. Sempre olhe para o lado bom! O copo está meio cheio, nunca meio vazio. Toda adversidade tem um lado bom, se você procurar.
  11. Faça seu instinto pensar sempre em dizer ‘sim’. Procure razões para fazer algo, não as razões para dizer ‘não’. Seus amigos vão gostar de você por isso.
  12. Seja gentil: você conseguirá mais do que você quer se der ao outro o que ele deseja. Comprometer-se pode ser bom.
  13. Sempre aceite convites para festas. Você pode não querer ir, mas eles querem que você vá. Mostre a eles cortesia e respeito.
  14. Nunca abandone um amigo. Eu enterraria cadáveres por meus amigos, se eles me pedissem… por isso eu os escolhi tão cuidadosamente.
  15. Sempre dê gorjeta por um bom serviço. Isso mostra respeito. Mas nunca recompense um mau serviço. Um serviço ruim é um insulto.
  16. Sempre trate aqueles que conhecer como seu igual, estejam eles acima ou abaixo de seu estágio na vida. Para aqueles acima de você, mostre deferência, mas não seja um puxa-saco.
  17. Sempre respeite a idade, porque idade é igual a sabedoria.
  18. Esteja preparado para colocar os interesses de seu irmão à frente dos seus.
  19. Orgulhe-se de quem você é e de onde você veio, mas abra a sua mente para outras culturas e línguas. Quando começar a viajar (como espero que faça), você aprenderá que seu lugar no mundo é, ao mesmo tempo, vital e insignificante. Não cresça mais que os seus calções.
  20. Seja ambicioso, mas não apenas ambicioso. Prepare-se para amparar suas ambições em treinamento e trabalho duro.
  21. Viva o dia ao máximo: faça algo que o faça sorrir ou gargalhar, e evite a procrastinação.
  22. Dê o seu melhor na escola. Alguns professores se esquecem de que os alunos precisam de incentivos. Então, se o seu professor não o incentivar, incentive a si mesmo.
  23. Sempre compre aquilo que você pode pagar. Nunca poupe em hotéis, roupas, sapatos, maquiagem ou joias. Mas sempre procurem um bom negócio. Você recebe por aquilo que paga.
  24. Nunca desista! Meus dois pequenos soldados não têm pai, mas são corajosos, têm um coração grande, estão em forma e são fortes. Vocês também são amados por uma família e amigos generosos. Vocês fazem o seu próprio destino, meus filhos, então lutem por ele.
  25. Nunca sinta pena de si mesmo, ou pelo menos não sinta por muito tempo. Chorar não melhora as coisas.
  26. Cuide de seu corpo que ele vai cuidar de você.
  27. Aprenda um idioma, ou pelo menos tente. Nunca comece uma conversa com um estrangeiro sem primeiro cumprimentá-lo em sua língua materna; mas pergunte se ela fala inglês!
  28. E, por fim, tenha carinho por sua mãe, e cuide muito bem dela.

Entenda a Síndrome de Down


Entenda a Síndrome de Down
Foto: Fernanda Sá, mãe de Julia e Laura
Por Marianna Perri, filha de Rita e José
Mesmo sendo a alteração genética mais comum no Brasil, a Síndrome de Down ainda gera muitas dúvidas: o que é? As crianças que têm a síndrome vão se desenvolver normalmente? Como são os cuidados?

Pensando nisso, perguntamos no Facebook e Twitter da Pais & Filhos quais eram as principais dúvidas que nosso leitores tinham sobre o assunto e conversamos com um especialista para explicar todos os detalhes sobre a Síndrome de Down.

O que é a Síndrome de Down?

Descrita pela primeira vez em 1866 pelo médico inglês Langdon Down, é causada por um excesso do material cromossômico: em vez de dois cromossomos 21, o feto apresenta três.

Esta trissomia pode ser simples, quando há um cromossomo a mais em todas as células do organismo; mosaico, quando este cromossomo extra aparece em algumas células apenas, ou por translocação, quando o cromossomo 21 está junto de outro cromossomo.
E isso gera diversos comprometimentos:

- Os mais visíveis são as alterações da imagem. Crianças com Down podem apresentar dedos curtos, pregas nas mãos, olhos um pouco mais puxados, orelhas pequenas, além de outras características.

- Hipotonia, ou seja, redução da força muscular, que pode levar a uma lentidão no desenvolvimento motor. 

- Cardiopatias congênitas, ou malformações cardíacas, que, na maioria dos casos, só são resolvidas com cirurgia.

- Pulmão e brônquios são mais fracos, o que predispõe a doenças respiratórias. Outros órgãos também podem apresentar funcionamento irregular. O intestino fica mais ressecado. A vesícula biliar não se contrai adequadamente.

- Os ligamentos são mais frouxos, a criança tem maior flexibilidade. Com isso, corre o risco de as articulações não se manterem estáveis, principalmente as dos pés, joelhos, coluna cervical, coxa e bacia.

- Cerca de 99% das pessoas com síndrome de Down têm problemas de visão e de 10% a 30% apresentam falhas na audição, por isso é indicado fazer avaliações auditivas e oftalmológicas anualmente.

Cuidados necessários

A criança com Down precisa num primeiro momento de fisioterapia, para adquirir força nos músculos, e de fonoaudiologia, para auxiliar no aprendizado da fala e enrijecer a mandíbula. E depois, quando estiver entrando no período pré-escolar, é indicado que tenham acompanhamento de um terapeuta ocupacional e de um psicopedagogo.

Probabilidade

A chance de uma criança nascer com síndrome de Down no mundo é de 1 para 1000 nascidos. Em 100% dos casos, os bebês nascem com algum comprometimento intelectual. Importante levar em conta a idade dos pais. Quanto mais velho ou mais jovem o casal, maior a probabilidade de o filho nascer com a síndrome.

Com quanto tempo de gestação se descobre a síndrome?

Por ser uma alteração genética, é possível descobrir se o feto tem Síndrome de Down antes do parto. Durante a gravidez, o diagnóstico pode ser feito entre a 8ª e 9ª semanas, por avaliação citogenética (constituição genética das células), ou entre a 12ª e 13ª semanas por amniocentese (análise do líquido amniótico). Estes exames são realizados em consultório e levados para análise em laboratório. Já se os pais optaram pela fertilização in vitro, é possível descobrir se o embrião tem a trissomia antes mesmo de ser colocado na barriga da mãe.

Estes exames não são obrigatórios durante o pré-natal. O obstetra pode sugeri-los em famílias de risco, quando a mãe tem idade avançada, quando há outros casos de cromossomopatias ou então quando o ultrassom indica algumas alterações características, que podem ser identificadas entre a 6ª e 8ª semanas.

A dosagem hormonal da mãe também pode indicar alguma alteração no feto. Neste caso, é necessário iniciar uma investigação mais específica, já que apenas 30% das mães com alterações hormonais têm fetos com algum tipo de problema.

Existem diferentes níveis da síndrome?

Não, apenas existem indivíduos diferentes entre si, assim como todos nós. O que determina as diferenças, além do padrão genético, são os estímulos do ambiente em que a criança se desenvolve.

A nutrição, vacinação e educação também têm participação na qualidade de vida da criança com Down, assim como as atividades físicas.

A alimentação merece uma atenção especial, já que o intestino grosso destes indivíduos é mais longo e funciona mais devagar, absorvendo mais nutrientes. As pessoas com Síndrome de Down precisam de alimentos que ajudem o desenvolvimento neural, como peixes com ômega 3 e oleaginosas, como nozes, castanhas e amêndoas.

Além disto, eles precisam de minerais e dois metais, cobre e zinco, que podem ser encontrados em carne, ostras e outros alimentos. As crianças com Down não devem ser vegetarianas. Procure oferecer carne de animais jovens, como vitela, e alimentos frescos, sem muitos conservantes.

Como é o desenvolvimento físico da criança com Down? No que ela é diferente?

O desenvolvimento é diferente das crianças comuns, mas segue características próprias da síndrome. Atualmente, existe uma lista de padrões próprios para estas crianças. É importante que o pequeno siga as curvas de peso, padrões e desenvolvimento próprios. Quando ele não se encaixe nestes padrões, é necessária uma investigação mais precisa, seja ela óssea, de estatura ou neurológica.

As mulheres com mais de 40 anos têm mais chances de ter um filho com síndrome de Down?

Sim, assim como aquelas que engravidam com menos de 18 anos. Aos 49 anos da mulher, por exemplo, as chances de ter um filho Down é de 1 para 100.

O indivíduo com síndrome de Down tem direitos e deveres legais diferentes das pessoas comuns?

Teoricamente, não, exceto: a família do Down tem direito a receber um salário complementar, quando os pais não estão trabalhando ou registrados. Há também a isenção do IPI em veículos.

Qual a expectativa de vida dos portadores da síndrome? A criança corre o risco de morrer durante a infância? Quais são eles?

É igual a de qualquer outra pessoa: entre 60 e 70 anos. A criança com Down correm os mesmos riscos de morrer durante a infância quanto qualquer criança comum. O único caso no qual o risco de morte é maior é quando a criança apresenta alguma cardiopatia.

Pessoas com síndrome de Down têm a sexualidade exacerbada? Eles podem namorar e casar normalmente?

Não, a sexualidade é exposta, não exacerbada. As pessoas com Down não têm inibição social para traduzir o que pensam ou sentem. Eles podem namorar e casar normalmente, desde que seja dada a oportunidade.

Mulheres portadoras da síndrome podem engravidar? O bebê terá a síndrome? A gestação ocorre normalmente?

As mulheres com Down podem engravidar normalmente. Se elas engravidarem com outra pessoa com Down, as chances de ter um filho Down são de 80%; quando é com um homem normal, este número cai para 50%. A gestação é considerada de risco, já que a futura mãe com Down não entende os cuidados que necessita. Ela deverá fazer uma cesárea, além de ter uma dieta adequada durante toda a gestação.

Consultoria: Dr. Zan Mustacchi, Fernanda e Roberta, é pediatra e faz parte da equipe do site Síndrome de Down.

Problemas associados à paralisia cerebral

Problemas associados


Citaremos apenas as que mais freqüentemente se manifestam:

-Epilepsia: é comum ocorrerem convulsões ou crises epilépticas, de maior ou menor intensidade e dentro das mais variadas formas desta manifestação neurológica, sendo mais comuns no período pré-escolar, estando associadas ao prognóstico e à evolução de outros problemas que atingem um paralisado cerebral.

-Deficiência Mental:com uma ocorrência de aproximadamente 50% dos casos, tem levado a distorções e preconceitos acerca dos potenciais destes portadores de deficiência, devendo-se diferenciar os diversos graus de comprometimento mental de cada criança, baseando-se em acompanhamento especializado e evolutivo das mesmas.

-Deficiências Visuais: ocorrem casos de baixa-visão, estrabismos e erros de refração, que podem ser precocemente diagnosticados e tratados, com bom prognóstico oftalmológico, devendo-se intensificar sua diagnose com os novos avanços em tecnologia e a correção preventiva de danos com uso de lentes [óculos] ainda nos primeiros anos de vida.

-Dificuldades de Aprendizagem: as crianças com P.C. podem apresentar algum tipo de problema de aprendizagem, o que não significa que elas não possam ou não consigam aprender, necessitando apenas de recursos aprimorados de Educação Especial, integração social em Escolas Regulares, uso de Recursos Tecnológicos, a exemplo do uso de Computadores e outros aparelhos informatizados para o estímulo e a busca de meios de comunicação e aprendizagem inovadores para PC.

-Dificuldades de Fala e Alimentação: devido à lesão cerebral ocorrida, muitas crianças com P.C. apresentam problemas de comunicação verbal e dificuldades para se alimentar, devido ao tônus flutuante dos músculos da face, o que prejudica a pronúncia das palavras com movimentos corretos, podendo-se recorrer a tratamentos especializados e orientação fonoaudiológica, a fim de minimizar e até resolver alguns destes distúrbios. E para as crianças que não falam, já contamos com os comunicadores alternativos e as linguagens através de símbolos, como o método Bliss, que associados aos recursos informatizados podem auxiliar, a exemplo dos sintetizadores de fala, a expressão dos pensamentos e afetos de um paralisado cerebral.

-Outros problemas: dificuldades auditivas, disartria, déficits sensoriais, escoliose, contraturas musculares, problemas odontológicos, salivação incontrolável, etc...: Todos estes problemas podem surgir associados ou isoladamente na dependência direta do tipo de PC que a criança apresentar, já que seus déficits motores afetam sua psicomotricidade e seu comportamento emocional e social, que podem resultar num desenvolvimento global atrasado, que muitas vezes ainda é confundido com capacidade cognitiva pobre, gerando uma imagem preconceituosa sobre as capacidades e potencialidades para vida independente e autônoma de portadores de Paralisias Cerebrais.

Fonte:http://terapiaocupacionaleparalisiacerebral.blogspot.com/search/label/Problemas%20associados 

O que e Paralisia Cerebral? Tipos de Paralisia Cerebral



DEFINIÇÃO

O termo Paralisia Cerebral é considerado por muitos autores inadequado, pois da um significado de total ausência de atividades físicas e mentais, o que na verdade não ocorre; nas literaturas especializadas encontra-se uma gama enorme de definições que conceituam a Paralisia Cerebral, como:

A Paralisia Cerebral consiste em um grupo heterogêneo de condições patológicas não progressivas do movimento e da postura, que se manifestam no início da vida, atribuídas ás várias etiologias, conhecidas e desconhecidas envolvendo o cérebro imaturo.


A Paralisia Cerebral significa o resultado de um dano cerebral, que leva á inabilidade, dificuldade ou o descontrole de músculos e de certos movimentos do corpo

ETIOLOGIA

Para muitos autores a Paralisia Cerebral se acha relacionada com a anormalidade pré, peri e pós-natal.

Vários fatores podem causar as lesões no encéfalo durante o período pré-natal, entre eles pode-se destacar:

Agente Metabólico: Ex: Diabete Materna.

Agente Infeccioso: Ex: Rubéola Materna.

Agente Mecânico: Ex: Irradiação.

Quanto ás causas peri-natais vários problemas podem ocorrer durante o nascimento que podem ser Agente de Lesões encefálicas, sendo este o problema mais comum na etiologia da Paralisia Cerebral, segundo os autores pesquisados.

Dentre os fatores Pós-natais estão as doenças infecciosas tais como meningites e encefalites, distúrbios vasculares, traumas e tumores cerebrais.

Tipos de Paralisia Cerebral


São definidas de acordo com as classificações que definem os tipos de Paralisia Cerebral.

Para essa classificação leva-se em conta o tipo de envolvimento neuro-muscular, os membros atingidos por este comprometimento e o grau de comprometimento motor.

De acordo com estes tipos de envolvimento neuro-muscular os autores citam categorias como:

-espasticidade
-atetose ou coreoatetose
-atáxia


Característica de criança espástica:
-Apresenta um tônus que é predominantemente alto
-movimentação é restrita em amplitude e é feita com grande esforço.

Característica criança atetóide:
-Apresenta sempre um tônus muscular instável eflutuante
-Aparecem movimentos involuntários e incoordenados que dificulta a atividade voluntária
-São características as trocas bruscas de tônus muscular, passando de um tônus diminuído ou normal á hipertonia ou vice-versa.

Característica criança atáxica:
-transtornos de equilíbrio
-hipotonia muscular
-incoordenação motora em atividades musculares voluntárias.

De acordo com os membros atingidos pelo comprometimento neuro-muscular podemos ter:

Grupo das displegias: Onde as crianças apresentam um comprometimento maior das extremidades inferiores.

Grupo das quadriplegias: Apresentam um comprometimento do corpo todo.

Grupo das hemiplegias: Apresentam um (lado) do corpo comprometido.

Já de acordo com o grau de incapacidade podemos ter:
-leve
-moderado
-severo

Fonte:http://www.webartigos.com/articles/11558/1/Deficiencia-Fisica-Paralisia-Cerebral-Infantil/pagina1.html

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

NISTAGMO


O termo nistagmo é usado para descrever os movimentos oculares oscilatórios, rítmicos e repetitivos dos olhos. É um tipo de movimento involuntário dos globos oculares, geralmente de um lado para o outro e que dificulta muito o processo de focagem de imagens. Os movimentos podem ocorrer de cima para baixo ou até mesmo em movimentos circulares e podem surgir isolados ou associados a outras doenças. Os nistagmos variam de caso a caso e podem ser classificados de acordo com a manifestação clínica.

Os principais tipos são:
fisiológico, congênito, spasmus nutans, nistagmo do olhar, nistagmo vestibular, nistagmo por distúrbio neurológico, nistagmo voluntário e nistagmo histérico. Em geral, provocam incapacidade de manter fixação estável e significativa ineficiência visual, especialmente para visão à distância. Estima-se que os nistagmos afetam 1 a cada 1000 nascidos vivos .As oscilações do nistagmo um ou ambos os olhos, em uma ou todas as posições . O nistagmo congênito raramente surge logo ao nascimento e é mais freqüente entre 8 e 12 semanas de vida. Se não for detectado nos primeiros meses de vida, deve ser um nistagmo adquirido.

Causas:
O nistagmo pediátrico difere muito do nistagmo iniciado na fase adulta. Na infância, o nistagmo pode ter causas relacionadas a um defeito do olho ou na relação de comunicação entre o olho e o cérebro. É ainda associado a catarata, glaucoma, desordens de retina, albinismo e em pacientes com síndrome de Down. Alguns tipos de nistagmo podem ser hereditários; outros de causa desconhecida. O nistagmo adquirido, que se desenvolve ao longo da vida, pode ser o sintoma de esclerose múltipla ou associado à lesão neurológica aguda nas vias motoras oculares localizadas no tronco cerebral ou cerebelo, labirintites, maculopatias entre outras doenças.

Tratamentos:
Em crianças, é importante um apoio educacional adequado com o objetivo de melhor o processo de focalização de imagens e se fazer um bom condicionamento visual. Indica-se boa ergonomia de ambientes de casa, aumento de letras em computadores e ainda um trabalho específico voltado para esse problema. A terapêutica para o nistagmo ainda é limitada atualmente, mas muito pode ser feito para melhor a visão de quem tem esse problema. Pode-se recorrer à ortóptica (oclusão alternada), tratamento óptico (com uso de prismas) para corrigir o mau posicionamento da cabeça, mudança dos óculos por lentes de contato (para prevenir outros problemas oftalmológicos). Há ainda o tratamento medicamentoso, que tem substâncias estimuladoras do sistema neurotransmissor inibitório ou depressoras do sistema neurotransmissor excitatório. Novos estudos existem com aplicação da toxina botulínica, mas sem resultados comprovados até o momento. Já o tratamento cirúrgico do nistagmo objetiva a melhoria da acuidade visual através de procedimentos específicos nos músculos dos olhos.
Atenção: Se você, professor, tem um aluno que apresenta estas características pode utilizar os métodos e recursos para crianças que tenham baixa visão. Neste Blog você encontrará sugestões.
Fonte: http://www.portaldaoftalmologico.com.br/

ATENDIMENTO AO ALUNO CEGO


As crianças cegas devem ser estimuladas desde cedo no que diz respeito à exploração do sistema háptico (o tato ativo ou em movimento) através de atividades lúdicas, do brinquedo e de brincadeiras. Elas devem desenvolver um conjunto de habilidades táteis e de conceitos básicos que tem a ver com o corpo em movimento, com orientação espacial, coordenação motora, sentido de direção etc. Tudo isto é importante para qualquer criança.

Para a realização da escrita ou leitura em braille, é necessário que a criança conheça convenções, assimile conceitos gerais e específicos, desenvolva habilidades e destreza táteis.
O tato, a destreza tátil e a coordenação bi manual precisam estar bem desenvolvidos, pois tanto a técnica da leitura quanto a escrita das letras dependem de movimentos sincronizados das mãos e da percepção tátil de diferenças, bem sutis.







Para se alfabetizar uma criança cega é necessário bem mais do que ter um bom domínio do Sistema Braille. É preciso saber como se dá o processo de construção do conhecimento por meio da experiência não visual e criar condições adequadas de acesso aos conteúdos escolares dentro e fora da sala de aula.





Imagens: Arquivo pessoal
Texto: Alfabetização de alunos usuários do sistema braille
Fonte: Rede Saci


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ALFABETO BRAILLE




As letras em Braille são formadas a partir da combinação de seis pontos que compõem o que é chamado de cela Braille. A cela é formada por duas colunas e três linhas de pontos. A localização dos pontos é dada de cima para baixo, primeiramente na coluna da esquerda, pelos pontos 1, 2, 3 e posteriormente na coluna da direita pelos pontos números 4, 5 e 6. Cada combinação de pontos em relevo forma, portanto, determinada letra ou sinal de pontuação. A letra C, por exemplo, é formada pelos pontos 1 e 4, como mostra a Figura 1.


Seguindo o modelo da Figura 1: os círculos em negrito representam os pontos da cela Braille.
A combinação desses pontos formam 63 caracteres que simbolizam as letras do alfabeto convencional e suas variações como os acentos, a pontuação, os números, os símbolos matemáticos e químicos e até as notas musicais. Para os cegos poderem ler números ou partituras musicais, por exemplo, basta que se acrescente antes do sinal de 6 pontos um sinal de número ou de música.


















Abaixo temos o exemplo de algumas palavras escritas em Braille:
bala, nada, perfume, pé, vida, amor.














Para a alfabetização, deve-se utilizar diversos tipos de materiais concretos. É interessante também a utilização de materiais de sucata onde elas possam colaborar na confecção; além de motivar a criança ainda auxilia no desenvolvimento e refinamento tátil...

Celas Braille confeccionadas com material de sucata:









Está escrito: capa











Está escrito: ba
















Está escrito: la





Imagens: Arquivo pessoal

sábado, 14 de maio de 2011

Leve sua criança cega para a cozinha, mamãe!

Mulher cega, através da própria história de vida, salienta a importância do aprendizado na cozinha para crianças com deficiência visual e da independência que a experiência pode lhes proporcionar
Ruth Schroeder

Preparar cereais e leite para o café da manhã. Preparar um sanduíche de manteiga de amendoim para um lanche depois da escola. Preparar uma xícara de chocolate quente antes de dormir. São estas coisas que crianças com visão normal fazem por si? Claro que são. Sua criança cega pode fazer essas coisas para si mesma? Se não, é hora de você considerar as consequências de não permitir que ela ajude na cozinha. Acredito sem dúvida que uma pessoa cega deve ter muitas experiências humanamente possíveis e que isso é especialmente verdadeiro para crianças cegas. É vital para a sua futura independência que lhe seja fornecido treinamento adequado na cozinha. Tais experiências devem começar em uma idade muito precoce.
Minha própria experiência me proporcionou uma compreensão clara de como, muitas vezes, pais e professores bem intencionados afastam crianças cegas de participar do dia-a-dia da cozinha. Eu sou cega, e cresci em uma escola residencial. Nada era esperado de mim. Ia para a sala de jantar, comia minhas refeições, sacudia as migalhas das minhas saias, e subia as escadas para a prática do piano ou leitura de um livro. Em casa, uma agenda ocupada não permitia a oportunidade para eu aprender a cozinhar e minha mãe não esperava me ajudar com as tarefas de cozinha. Depois de concluir meus estudos e me tornar uma dona de casa bem sucedida (com muito ensaio e erro), tive a oportunidade de ensinar economia doméstica para alunos cegos no Centro Adulto de Orientação e Ajustamento, na Comissão de Cegos de Iowa.
Muitos dos jovens com quem trabalhei, ao ensinar na Comissão de Iowa para Cegos, eram formados do ensino médio. A maioria deles sabia muito pouco sobre a cozinha. Eles tinham tido economia doméstica, mas a maioria nunca havia preparado nada. Especialmente os homens. Eu tinha um jovem que, quando lhe foi solicitado para trazer me o pote de café, trouxe-me, em seu lugar, o liquidificador. Ele realmente não sabia o que um pote de café parecia. Ele realmente ficou satisfeito com o privilégio de abrir a geladeira e encontrar as coisas para o almoço. Fazer um sanduíche era algo que ele nunca tinha sido autorizado a fazer. Descobri que alguns dos meus alunos pensavam que sabiam como fazer rosquinhas, mas quando o projeto real foi realizado, verifiquei que somente tinha sido permitido a eles passarem estas rosquinhas no açúcar. Tinham sido enganados sem uma "experiência real". Isto ilustra apenas um exemplo dos inúmeros equívocos realizados por muitos alunos cegos.
(...) Tudo isso é para dizer que, abaixo do nível satisfatório, tem sido negado a eles muitas experiências. Quando permitido o privilégio de um treinamento adequado e oportunidade, aprenderam rapidamente estas tarefas comuns do dia-a-dia. Avidamente, tentam superar-se em relação a aqueles alunos que receberam estas habilidades como auxílio. Eu sinto que é errado não esperar que todas as crianças de uma família possam contribuir para o funcionamento e manutenção de uma casa.
(...)As crianças cegas devem compartilhar as coisas da cozinha. Mostre e ensine a ela os grandes acontecimentos da cozinha a partir das coisas divertidas até as enfadonhas. Ela não deve ser poupada mais do que qualquer criança com visão. Não deixe sua criança crescer pensando que o pão é assado quando toca o teto do forno, não sendo capaz de identificar e utilizar pequenos instrumentos de cozinha, sem saber o que um litro de leite parece, ou não saber como espalhar a manteiga em seu pão. O tempo que você despende com o ensino destas competências é um investimento no futuro do seu filho.
Usando o fogão, forno ou frigideira elétrica
O iniciante frita um ovo e o cozinheiro experiente frita vários ovos separadamente, em uma frigideira, usar um anel de ovo para cada ovo. Remover a parte superior e inferior de uma lata pequena de atum ou abacaxi, deixando um anel de metal acima de uma e uma e meia polegada de altura e três polegadas de diâmetro. Este anel é colocado na panela e o ovo é quebrado dentro dele. Quando o ovo ficar firme o suficiente para manter sua forma, o anel é retirado.
Limpeza
Frequentemente, a necessidade da limpeza ou da lavagem pode ser sentida tatilmente. É importante, contudo, antecipar a poeira que não pode ser prontamente notada e fazer uma limpeza geral rotineira tal como limpar todo o balcão depois de fazer a mistura sobre ele. Limpando uma superfície, como o balcão ou o chão, um planejamento de abordagem é muito importante: limpe em tiras ou faixas em vez de pontos casuais aqui e ali.
Conclusão
Uma atitude positiva é essencial para o sucesso. Se você realmente acredita que o cozinheiro cego necessariamente passa por muitos riscos de segurança, precisa de uma grande quantidade de equipamentos especiais, tem somente um repertório limitado e elabora produtos questionáveis, então você vai fazer um mau trabalho. Se você realmente acredita que o cozinheiro cego pode escolher entre vários métodos para trabalhar com todos os tipos de alimentos e produzir produtos de alta qualidade, então você vai encontrar um caminho de sucesso.
Tempo de alimentação. Tempo de aprendizagem
O seguinte é reproduzido com a permissão do Boletim VIP, Julho de 1982. O Boletim VIP é uma publicação do Instituto Internacional para deficientes visuais, 0-7, Inc., 1975 Rutgers, East Lansing, MI 48823.

(...)Na época em que sua criança começa a alimentar-se por si mesma, mais aprendizagens de experiências tornam-se possíveis. Se você parar e pensar por um minuto será capaz de pensar em muitas oportunidades de aprendizagens na cozinha. Por causa do tempo que muitas famílias despendem na cozinha, ela é uma natural sala de aula para qualquer criança. Na maioria das famílias, um ou mais membros despendem tempo na cozinha preparando e servindo refeições. Compartilhando este tempo com uma jovem criança com deficiência visual, apresentamos outra aprendizagem para a criança e oferecemos mais oportunidades de amadurecimento.
Conceitos de Cozinha
Quente/Frio: Comece a identificar alimentos quentes e frios para sua criança a fim de ajudá-la a associar a sensação tátil com o rótulo. Contraste o ar frio do refrigerador com a temperatura elevada da porta o forno. Vegetais gelados são frios e crocantes, mas você usualmente os come quente.
Olfato/Paladar: Introduza a criança na variedade dos diferentes aromas associados com a cozinha - ou odores dos temperos e alimentos crus, em cozimento ou cozidos. Ajude-a a começar a associar um aroma com o nome, sabor ou à sensação tátil. Como uma laranja cheira antes de descascada? Como ela parece? Que tal um ovo? Uma cebola?
Guardando/Empilhando: Providencie para a criança um local na cozinha no qual ela tenha acesso a um sortimento de vasilhas, panelas, utensílios plásticos de cozinha. Quando o entretenimento acabar, ajude-a a guardar os objetos. Assim que estiver mais velha, ela pode ajudar a empilhar e guardar os pratos limpos.
Aprendendo sobre o espaço: Um excelente jogo para a cadeira alta é fazer cair objetos no chão. Isto pode ser desolador para os pais - especialmente quando é uma xícara de leite que bate contra o chão. Contudo, a queda de objetos é um modo da criança aprender sobre o espaço ao seu redor (que distância tem o chão? Quais os diferentes sons quando um objeto é atirado ao chão? Para onde eles vão?). A criança precisará aprender que muitas coisas (bolas) podem ser jogadas e que outras (alimentos) ficam na bandeja. Alguns pais amarram um pedaço de elástico comprido ao brinquedo e a outra extremidade na cadeira alta para eliminar as perpétuas recolhas. Se você tentar isto, esteja certo de que um adulto está por perto para prevenir acidentes.
Experimentação: Quando a criança estiver sentada em sua cadeira, entretida com objetos ou pedaços de alimentos perto de suas mãos, a encoraje a buscar do porquê de estarem lá. Por exemplo: um cubo de gelo dentro de uma xícara, pequenos pedaços de alimentos crus, um conjunto de colheres plásticas de medição, utensílios plásticos de formas estranhas, diversas tampas de panelas.
Fonte: Diversidade em CenaComentário SACI: Tradução livre de Sonia B. Hoffmann.

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CRIANÇAS CEGAS EM IDADE PRÉ-ESCOLAR

Permita-lhe fazer muitas experiências

Tudo o que o seu filho faz, todos os lugares onde vai, tudo o que manipula e fica conhecendo - por outras palavras, todas as suas experiências - ajudam-no no seu desenvolvimento cognitivo. Leve-o consigo a mercearia, ao armazém, ao jardim, à praia, ao rio, ao jardim zoológico, ao museu, à igreja, ao supermercado, à casa da vizinha, à biblioteca, ao restaurante, ao posto de gasolina, ao emprego do pai... Isto é, leve-o consigo para toda a parte. Tente sair com ele todos os dias. Vá a pé em vez de ir de carro ou de ônibus, e, quando regressar a casa, fale com ele sobre o que aconteceu. Vá-lhe explicando o que está mostrando e, sempre que possível, deixe-o tocar e apalpar as coisas para as sentir bem. Ele tem tanto interesse como os outros. A sua curiosidade aumentará se for estimulada.

Procure obter ajuda

Logo que saiba que o seu filho é cego, comece imediatamente a tentar procurar todo o auxílio possível para que ele cresça e se desenvolva duma forma, tão semelhante quanto possível, à de qualquer outra criança. Dirija-se aos Serviços sociais e de educação da sua região, onde consiga obter todas as informações possíveis, especialmente a respeito de estimulação precoce.
Lembre-se de que a primeira e última lição de que os pais de uma criança cega necessitam é:
• Acredite no seu filho e convença-se de que ele pode ter sucesso na vida.
• Dê-lhe amor, afeição e promova a sua saúde.
• Dê-lhe possibilidades para aprender e para ter todas as experiências que contribuem para o seu desenvolvimento global.
Se fizer isto, o seu filho estará no caminho da autonomia, independência e das tomadas de decisões necessárias para viver bem e de uma vida tão interessante, feliz e útil como a de qualquer outra pessoa.

Informe-se a respeito das escolas inclusivas

Inscreva o seu filho cego num jardim de infância. Se a criança estiver preparada para isso, necessita dessa experiência mais ainda do que as crianças que vêem. Isto é verdade, porque muitas crianças cegas não tiveram oportunidades suficientes e necessitam, por isso, de tudo o que lhes possa ser dado que facilite o seu desenvolvimento global.
Informe-se sobre as várias possibilidades que a comunidade lhe pode oferecer relativamente à futura educação escolar de seu filho. Procure aquilo que há de melhor para as crianças que vêem e não se satisfaça com algo que não ofereça as condições necessárias. É preciso certo trabalho de planejamento com as entidades escolares locais antes que o seu filho entre na escola. Informe-se dos apoios locais em matéria de Ensino inclusivo e especial.
* Traduzido de: "The preschool child who is blind". U.S. Department of Health, Education and Welfare..Tradução: DGEBS - Divisão do Ensino Especial - PT.
Fonte: www.bengalalegal.com