Dedilhando Letras
Em mil oitocentos e nove
No dia quatro de janeiro
Lá no interior da França,
Nasceu o grande guerreiro
Chamado Louis Braille
O filho de um seleiro
Ele perdeu a visão
Com cinco anos de idade
Iniciou os estudos
Na sua localidade
E pra entender as coisas,
Tinha muita facilidade
Louis com dez anos
Saiu da sua região
Foi morar em Paris
Pra melhorar a educação,
Numa escola pra alunos
Que não tinham a visão
Neste novo ambiente
Havia muito o que aprender
Pois lá tinha uma maneira
De ensinar o cego a ler
Era o que Louis buscava:
Evoluir, interagir, crescer
Nesta escola especial
Louis veio a conhecer
Letras feitas em relevo
Com a mão dava pra ler
Mas havia dificuldade
Na hora de escrever
E surgiu um militar
Que olhava pro futuro
Com um código engraçado
Que usava no escuro
Pra dar ordens aos soldados
Sem fazer nenhum barulho
Essa grande novidade
Trazida pela visita
Encantou nosso Louis
Um garoto idealista
Que desejava resolver
O problema da escrita
Inspirado por esse código
Usando a imaginação
Louis fez muita pesquisa,
Bastante experimentação
E aos quinze anos de idade,
Apresentou sua invenção
Um sistema de escrita
Para o cego tatear
Com seis pontos em relevo
Na forma retangular
Em três linhas e duas colunas
Para os símbolos, formar
Um sistema completo
De fácil compreensão
Fruto de muito trabalho
Suor e dedicação
A ser usado na França
Ou qualquer outra nação
E tudo ficou fácil
Com o método elegante
Criado por nosso Louis
Um jovem perseverante
Que conseguiu conceber
Algo tão edificante
Em mil oitocentos e vinte e
cinco
Aconteceu a revolução:
Nasceu o sistema braile,
A leitura com a mão
E os cegos melhoraram
O acesso à educação
Assim os cegos puderam
Escrever letra e numeral
Texto científico e literário
Também nota musical
Filosofia e tecnologia,
Inclusive, peça teatral
Passado o seu bicentenário
Movido por grande emoção
O mundo agradece ao Louis
Pela divina criação
Que permitiu aos cegos
Acessibilidade e inclusão
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