Uma das limitações físicas mais severas (ou tetraplegia), onde ocorre a perda em maior ou menor grau, do movimento dos braços e pernas do indivíduo. Existe uma imensa gradação nessa perda de movimento, que pode ir desde a perda de força, até uma imobilidade completa. As situações que provocam a tetraplegia são muitas, mas quase todas tem a ver com danos a uma porção da medula na coluna cervical.
Os maiores causadores são os
acidentes de automóvel, os provocados por mergulhos de cabeça, os tiros,
os erros médicos e os acidentes vasculares cerebrais. O número de
pessoas portadoras de tetraplegia é muito maior do que a maioria das
pessoas imagina, pois esses indivíduos são freqüentemente mantidos em
suas residências (em suas camas), absolutamente isolados do mundo; e
quanto mais pobre, menos acesso terá a tecnologias assistivas, e
portanto mais isolado estará o indivíduo.
Embora os
dados do censo
brasileiro de 2000
não forneçam informações detalhadas, pode estimar em cerca de 200.000
pessoas portadoras de tetraplegia no Brasil. Sob diversos aspectos, um
indivíduo tetraplégico está em ampla desvantagem em relação a uma pessoa
normal. Ele está impedido de andar, e como existe a deficiência nos
membros superiores, também tem muita dificuldade para acionar
dispositivos que exijam atuação de ordem física (como cadeiras de
rodas). Um tetraplégico normalmente não terá controle das suas funções
excretoras, e assim provavelmente usará sondas urinárias (ou
dispositivos semelhantes) e fraldas higiênicas.
Até mesmo ficar o tempo todo na
cama pode ser mortal: quase sempre ocorrerão escaras, feridas abertas
devido à circulação sangüínea interrompida pelo peso do próprio corpo,
que podem evoluir para uma infecção generalizada. A falta de movimento e
controle das mãos pode ser leve, e com a ajuda de órteses ser possível
comer e escrever, mas pode ser tão severa que impeça isso completamente,
sendo a pessoa obrigada a contar com o auxílio de outras pessoas para
realizar sua alimentação, higiene, acesso a itens de cultura (em outras
palavras, ler e escrever), acesso a itens de comunicação (telefone, por
exemplo) e assim por diante.
De qualquer forma, estudar para um
tetraplégico é sempre muito difícil pois ele dependerá da ajuda
constante de outras pessoas para escrever e ler. Essa dependência acabam
por trazer ao longo do tempo o afastamento do tetraplégico do universo
social, com várias conseqüências de ordem psicológica.
Apesar dessa perspectiva tão negativa, hoje já é possível o acesso a um
imenso arsenal tecnológico tem tornado viável uma vida muito menos
penosa, tanto para a pessoa portadora de tetraplegia quanto pela sua
família e a sociedade na qual ele está inserido. Muitos destes sistemas
são ativados por voz, eliminando a necessidade do uso das mãos. Em
alguns casos já estão disponíveis alternativas pouco convencionais como o
acionamento de dispositivos com um sopro ou até pelo reconhecimento
eletrônico do movimento do olho.
FONTE: http://intervox.nce.ufrj.br/motrix/tetraplegia.htm
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