O
Patinho feio
A D. Patiana chocou todos os seus ovos com o mesmo calor e por
isso esperava todos os seus patinhos lindos e espertos. Mas um deles, ao
qual chamou Patusco, não correspondia ao seu imaginário: era estranho,
de cabeça achatada e uns olhos esbugalhados.
Quando mostrou os filhitos ao pai, o Sr. Patolino ficou muito
desconfiado com a aparição daquele filho tão diferente. Disse à
companheira que talvez ela tivesse dado uma escapadela com um pato
turista. A D. Patiana ficou ofendida, era só o que lhe faltava,
nascia-lhe um filho tão esquisito e ainda tinha que aguentar acusações.
Pôs-se então a pensar se não teria havido alguma troca de uma das suas
vizinhas de choco.
Quando percebeu que não
conseguiria comprovar essa suspeita, começou a pensar que uma das patas
que invejavam o seu companheiro talvez pudesse ter-lhe lançado uma
maldição. E, mais uma vez, nada podia comprová-lo. Seria então algum
castigo do Deus Patão por ela ter sido tão vaidosa? Ou seria um defeito
genético passado de gerações anteriores e que agora se manifestava? Por
mais que quisesse alguém ou alguma coisa a que atribuir as culpas, nada
conseguia. Portanto, havia que assumir que era seu filho e cuidá-lo como
aos outros. Mas custou-lhe muito. Chorou rios de lágrimas, sentiu-se
traída pelo destino. Vendo o seu sofrimento, o Sr. Patolino concluiu
que, em vez de passar a vida a discutir com a companheira, tinha era de
estar do lado dela e decidirem juntos o que fazer para educar o Patusco.
Quer ler a continuação desta história (artigo) ? Acesse
aqui.
Fonte: Planeta
Educação - Sandra Estêvão Rodrigues Licenciada
em Psicologia, Mestra em Psicologia da Saúde, ambos os graus pela
Universidade do Minho, Braga - Portugal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Toda palavra é bem vinda!