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A Sala de Recursos Multifuncionais do Centro de Educação de Jovens e Adultos - CEJA Ana Vieira Pinheiro é um espaço onde o AEE- Atendimento Educacional Especializado acontece considerando as necessidades específicas do aluno para complementar e/ou suplementar a sua formação, identificando, elaborando e organizando recursos pedagógicos e de acessibilidade que favorecem a inclusão e eliminam as barreiras para a plena participação dos alunos com deficiência, fortalecendo sua autonomia na escola e fora dela.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Orientando um deficiente visual no uso do computador

O primeiro contato do deficiente visual com o computador é um momento cercado de múltiplos sentimentos, misturando insegurança com curiosidade, despertando medo e ansiedade, e acima de tudo uma vontade imensa de conquistar a independência para realizar tarefas comuns ao dia-a-dia, mas que para ele, até então, não seriam possíveis sem a mediação de um vidente, o que tornam suas ações restritas.
O computador precisa ser apresentado em sua totalidade, não como algo intocável, cuja fragilidade não permite explorações, mas como um objeto que esteja a serviço do homem, uma ferramenta que mereça ser tocada, ser experimentada em suas diversas características físicas ou operacionais.
O deficiente visual não precisa ter medo do computador e, para isso, o professor/mediador pode tentar criar um clima de descobertas, propiciando esse contato e essa aproximação, bem como estabelecer uma relação de segurança e confiança entre ambos: usuário/mediador/equipamento.
A partir do reconhecimento da estrutura física do computador, um diálogo torna-se fundamental, para traçar metas, objetivos, finalidades, procurando compreender o porquê e o para quê esse novo conhecimento se aplica no dia-a-dia desses usuários.
Muitas ações são essenciais e dependem da etapa de aprendizado que esse educando se encontra, podendo aliar escrita/leitura do código Braille às funções do software ou apenas inserir o comando de voz a quem já domine a língua escrita ou, ainda, substituir o visual pelo áudio no caso de adultos já familiarizados com o mundo digital. E, uma outra oportunidade seria a utilização do computador para alfabetização/reabilitação no caso de experiências sem sucesso com o código Braille. Em quaisquer situações o uso do teste do teclado é insubstituível, e em certos casos podemos introduzir algumas marcas específicas no teclado, como etiquetas em Braille.
Conhecer a posição das teclas, identificar o som que cada uma produz (maiúscula e minúscula), até mesmo medir a força/pressão dos dedos para teclar é algo de extremo valor no início do aprendizado em informática. Posteriormente podemos navegar em seus menus, apresentando as opções do programa, leitor de documentos, editor de texto, jogos, entre outros. Gradativamente iremos ampliando essas explorações de acordo com o grau de dificuldade e com o desempenho de cada um diante das novas ações que estão sendo implementadas. O leitor de documentos é um dos aplicativos de maior importância para a familiarização da voz (pronúncia de palavras, leitura de frases, pontuação). Nessa etapa surge uma enorme dificuldade para compreender o que se fala, podendo diminuir as dúvidas de acordo com o uso. Quanto mais se escuta mais comum a voz se apresenta e a leitura surge com naturalidade.
O editor de texto é outro momento para explorar a digitação, assim como diferentes funções dentro do aplicativo.
Jogos e utilitários podem servir como apoio a construção dos conhecimentos em Dosvox. Uma outra observação pertinente ao tema, é a de que, no Dosvox, podemos utilizar diferentes caminhos para se chegar ao mesmo lugar, tornando-o ainda mais dinâmico. Basta esquecermos um dos caminhos que logo recorremos a outro pra substituir a lacuna que o esquecimento causou.
O computador pode e deve ser visto como uma ferramenta cognitiva que facilita a estruturação do trabalho, viabilizando a descoberta, oferecendo condições propícias para a construção do conhecimento.
Assim, a "informática" não deve ser vista como uma substituição do professor como mediador de um processo. É uma ferramenta que precisa ser utilizada a favor desse processo de ensino/aprendizagem e não contrário a ele. Estamos vivendo essa transição e, o "deficiente visual" também tem a oportunidade de estar cada vez mais próximo desse recurso, participando dessa evolução.
O acesso à informação pelo deficiente visual, até o surgimento de um sistema que possibilitasse sua interação com o computador, estava restrito ao uso do Sistema Braille, método essencial na etapa de alfabetização, na qual o contato com a palavra escrita, sua forma gráfica e distribuição no papel são essenciais para o processo. Porém o isolamento do deficiente visual, sobretudo adultos em processo de escolarização, reabilitação e profissionalização estava limitado aos seus pares, em que o Braille só permitia a comunicação entre os que o dominavam ou, através de transcrições dependendo de terceiros para atingir tal finalidade.
Por outro lado, as informações via áudio são falhas no sentido em que não se possibilita navegar no texto letra a letra, saber como as palavras são escritas, retornar e avançar com rapidez um determinado trecho.
Para isso, o Dosvox veio trazer a liberdade e independência que o deficiente visual precisava, autonomia esta que está sendo conquistada, aprimorada e reconstruída dia-a-dia com as constantes transformações tecnológicas, pois num momento em que o mundo se encontra conectado constantemente com a informação o deficiente visual ganha seu espaço não só para a conquista de sua comunicação, mas uma forma eficaz de inclusão escolar, profissional e social, podendo ele interagir com o mundo, ir além dos limites que sua visão alcança...
É ampliar suas possibilidades não apenas de interação homem/máquina, mas, sobretudo da interação entre todos nós!!!
Construir e reconstruir espaços acessíveis sejam eles dentro ou fora do ambiente educativo, tem como objetivo atingir um número cada vez maior de pessoas.
Devemos priorizar as múltiplas maneiras que os Deficientes Visuais apresentam de perceber e relacionar-se com o mundo, não evidenciando as deficiências, longe da super proteção e aproximando-se de uma maior valorização do ser humano. Percebemos, nessa longa caminhada, os desafios e obstáculos que temos que vencer dia-a-dia, porém não estamos sozinhos...
Trabalhar com Educação Especial/Inclusão Escolar é algo muito gratificante, até porque vivi e vivencio isso na prática e, a partir dessas experiências, aliadas à uma formação teórico/prática, tenho a missão de transformar as dificuldades em superação.

Fonte: Planeta educação - texto Luciane Maria Molina Barbosa

Educação líquida, mas não certa

Esse texto é dedicado a Carlos Eduardo Fantoni Ribeiro, que me trouxe de volta as idéias de Bauman
Zygmunt Bauman é um sociólogo de mais de 80 anos e, apesar da idade avançada é chamado de o profeta da pós modernidade, um dos poucos dos nossos contemporâneos que ainda tem idéias inovadoras.

Uma das suas mais conhecidas idéias é a definição da sociedade atual como sendo a era da modernidade líquida. Segundo a interpretação de Bauman nada mais é permanente, pelo contrário, tudo é permanentemente desmontado e reconstruído e, mesmo a reconstrução já é feita com a perspectiva da transitoriedade.(Sem ter a menor idéia de quem era Bauman, escrevi em 1982 meu manifesto mutantista, texto que reproduzi no meu blog de assuntos aleatórios em agosto de 2007).

Bauman define as modernidades anteriores como sendo sólidas, ou seja, quando a sociedade passava por transições e grandes mudanças, a perspectiva da nova ordem era a de que essa se solidificasse como o novo status quo, que fosse o fim da busca pelas soluções para todos os males do mundo. As modernidades do passado desmontavam as realidades herdadas com a intenção de torná-las melhores.

A modernidade atual é incapaz de manter sua forma. Como todos os líquidos suas moléculas não tem coesão suficiente para se solidificar. As instituições, referências, estilos de vida, crenças e filosofias mudam antes mesmo de terem tempo de se plasmarem.

Tudo é volátil, flexível e, para muitos, o pior é que tudo é imprevisível. As pessoas são levadas a se movimentarem num espaço em que flutuam, onde o bem e o mal são relativos, onde não existem certo e errado, apenas formas diferentes de fazer as coisas. Não existem mais projetos de vida, como propunham os existencialistas, não existe mais uma identidade fixa, vive-se a cada momento sem que haja sentido numa perspectiva de longo prazo.

Isso implica num exercício de filosofia. Quem é o ser? Na modernidade sólida era um cara dividido entre o bem e o mal, na líquida passa a ser alguém que se movimenta entre os mais diversos polos possíveis A explicação mais direta talvez seja a diferença entre o comportamento da sociedade na guerra fria em contraposição ao de hoje nas redes sociais. A maneira de ver o mundo, de tomar posição (era muito mais dicotômica) é diferente de uma sociedade onde tudo é relativo no tempo e no espaço (inclusive a ética), a fluidez desse relativismo é que fez o Bauman falar em liquidez da modernidade

Quando olho para escolas e professores totalmente perdidos com a entrada de alunos com as quais eles não fazem a menor idéia de como lidar, gente que sempre esteve à margem da educação, que sempre foi excluída (e aqui não me refiro apenas às pessoas com deficiência, os excluídos são muitos mais do que imaginamos), eu percebo que, assim como outras modernidades, a escola não está sequer próxima das mudanças que acontecem na sociedade.

Howard Gardner - aquele que mesmo das inteligências múltiplas - costuma dizer que as nossas escolas (não só as brasileiras, mas do mundo todo) continuam a preparar as nossas crianças e jovens para viver no século XIX...

A escola se enraizou nas suas crenças e convicções e, tirando as inovações tecnológicas, nunca conseguiu acompanhar o desenvolvimento da sociedade. Escola que continua tentando impedir o desenvolvimento de novas idéias e soluções, até porque o seu objetivo é o enquadrar seus alunos no status quo. Por princípio, a escola é a principal inimiga de tudo que é moderno, criativo e inovador. (tem dúvidas a respeito? repare nos TCC´s de cursos de pedagogia cujo único objetivo é o de reproduzir o que já foi dito por alguém)

Quando confrontados com a realidade social a escola se confunde toda e adota a postura de rejeitar não só as idéias diferentes como os alunos que coloquem em xeque a solidez das suas apostilas e rigidez das suas avaliações.

Quando um novo professor sai da faculdade e se defronta com a vida real e o estado de liquidez da mesma, constata que não foi preparado para isso. E não foi mesmo. Seu erro é acreditar que a preparação vai se dar nas mesmas instituições que não o prepararam de forma adequada anteriormente.

Só no contato com a realidade líquida é que o professor vai aprender a navegar pelo espaço sem procurar o chão. E vai entender que seu espaço de trabalho não carece de bolas de ferro amarradas nos pés.

Descrição da imagem: foto de Zygmunt Bauman, um senhor idoso, calvo e com os cabelos das têmporas brancos, em posição de oração.
 
Autor: Fabio Adiron
 
fonte: http://xiitadainclusao.blogspot.com/

Baixa visão: implicações no processo de desenvolvimento e aprendizagem


A neurobiologia tem ajudado a compreender que a formação da imagem visual, permitindo ver o mundo em forma e cores, e compreendê-lo, depende de uma rede integrada de circuitos neuronais, da qual os olhos são apenas uma parte do sistema, envolvendo aspectos fisiológicos, sensório-motores e psicológicos.

As imagens visuais se formam com a excitação pela luz das moléculas fotossensíveis na retina, desencadeando reações físico-químicas e elétricas que geram impulsos nervosos, conduzidos pelo nervo óptico ao córtex visual e demais sistemas no cérebro.

Estudos sobre a plasticidade neuronal da visão apontam modificações nas estruturas e no desenvolvimento visual em resposta a experiências e estímulos contínuos. Entretanto, essa capacidade será desenvolvida se a criança com baixa visão tiver a oportunidade de realizar, o mais cedo possível, experiências visuais significativas, integradas às demais vivências sensório-motoras que permitem ao aluno lhes atribuir significados.

Kendel (1998) afirma que a aprendizagem pode levar à alteração de estruturas no cérebro, e que, a cada experiência do indivíduo, redes de neurônios são rearranjados e novas sinapses são reforçadas. Surgem, assim, múltiplas possibilidades de respostas e novas formas de adaptação do organismo ao meio são criadas.

Deve-se considerar, no entanto, que o desenvolvimento neuronal, a mielinização da retina e nervo óptico ocorrem rapidamente nos primeiros dois anos de vida, desenvolvendo-se mais lentamente até os sete anos de idade. Por isso, torna-se imprescindível uma avaliação da visão já nos primeiros meses para que se possa compreender como a criança funciona visualmente e o que lhe desperta atenção e interesse, quais os mecanismos, estratégias e recursos que podem potencializar e melhorar suas respostas visuais.

Para ler visualmente o mundo e decodificar letras por meios visuais, é necessário ter o nervo óptico e a retina intactos. A retina é formada por células fotorreceptoras denominadas cones e bastonetes. Os cones são responsáveis pela visão central, percepção de cores e detalhes. Os bastonetes são responsáveis pela visão periférica, formas e adaptação à iluminação.

A concentração das células nervosas na retina passam a constituir a mácula, responsável pela acuidade visual, imagem nítida e visão de detalhes. As terminações dessas células nervosas constituem o nervo óptico, que conduz o estímulo visual ao cérebro, onde as imagens são interpretadas.

O sistema nervoso é composto por neurônios sensoriais, motores e de associação. As informações provenientes dos receptores sensoriais aferem ao sistema nervoso central (SNC), onde são integradas (codificação, comparação, armazenagem, decisão) por neurônios de associação, ou interneurônios. Essa rede intrincada de circuitos neurais conectados em áreas sensoriais, motoras e de interpretação, funcionam em interdependência e constante integração, o que permite atos conscientes, pensamentos e possibilidade de novas associações e aprendizagem. O córtex visual é responsável pela decodificação, interpretação e associação de imagens.

Dessa forma, não somente os aspectos fisiológicos e estruturais do olho devem ser analisados, mas também os aspectos neurológicos e funcionais do sistema nervoso devem ser avaliados e orientados pelo neurologista, sobretudo nos casos de deficiência visual cortical.

Todas as possibilidades de ação sensório-motora e funcionais devem ser investigadas cuidadosamente pelo professor especializado em trabalho conjunto com o professor da creche e pré-escola, em diferentes situações, ambientes e atividades cotidianas, para que o aluno possa ter a oportunidade de ampliar suas experiências de forma integrada e significativa.

Assim, alterações importantes de retina, nervo óptico, lesões corticais e campo visual são fatores que influenciam e dificultam o processo de interação, a participação em jogos e atividades de leitura e escrita por meios visuais. Outro fator determinante é o campo visual, onde a transmissão da informação ao córtex visual é organizada topograficamente. Os estímulos da metade direita do campo visual ativam neurônios da metade esquerda da retina e se projetam ao córtex visual esquerdo e vice-versa.

Os folículos superiores são responsáveis pela coordenação viso-motora, indicando o movimento do esqueleto para manter a fixação ocular. Os núcleos do cerebelo exercem papel significativo no comportamento viso-motor e no movimento das imagens na retina, modulando os reflexos visuais de rastreamento.

Pesquisas de Lindstedt (1997) mostram que a visão funcional depende muito da sensibilidade aos contrastes, exercendo grande influência na percepção espacial, na análise e comparação dos objetos, como também a função visual de locomoção depende do campo visual.

Daí a importância, na avaliação funcional da visão, da análise de posturas adequadas de tronco, cabeça e disposição do material a ser visto, de forma que facilite a fixação, a distância focal e a organização do campo visual útil para que o aluno possa obter melhor desempenho visual.

Essa rede complexa em que se constitui a função visual remete à uma investigação criteriosa por parte do professor especializado das necessidades e das dificuldades apresentadas pelo aluno no desempenho de suas atividades escolares, envolvendo questões espaciais, temporais e, principalmente, modificação do meio ambiente.

Lindstedt (1997) sugere, para o melhor desenvolvimento possível da capacidade visual de crianças, a identificação precoce, minimizando a perda visual mediante intervenção adequada por correção óptica e estimulação visual.

A estimulação visual de crianças, numa abordagem pedagógica e integral do desenvolvimento, nos mostra a importância de oferecer oportunidades variadas de experiências e de ações sensório-motoras integradas, e não apenas alguns momentos de “treinamento” ou “terapia visual’’.

Aliás, olho não se treina. O aluno adquire a função mediante o uso contínuo e progressivo da visão, por meio de ações coordenadas que permitam a formação de imagens, atribuição de significados e formação de conceitos para aprendizagem.
 
 

FILME - UMA LIÇÃO DE AMOR - "É MUITO LINDO"

ORAÇÃO DAS CRIANÇAS ESPECIAIS

 

"Bem aventurados os que compreendem o meu estranho passo a caminhar.
Bem aventurados os que compreendem que ainda que meus olhos brilhem, minha mente é lenta.
Bem aventurados os que olham e não vêem a comida que eu deixo cair fora do prato.
Bem aventurados os que, com um sorriso nos lábios, me estimulam a tentar mais uma vez.
Bem aventurados os que nunca me lembram que hoje fiz a mesma pergunta duas vezes.
Bem aventurados os que compreendem que me é difícil converter em palavras os meus pensamentos.
Bem aventurados os que me escutam, pois eu também tenho algo a dizer.
Bem aventurados os que sabem o que sente o meu coração, embora não o possa expressar”.
 
Fonte: http://psicologaraquelpinheiro.blogspot.com/

O mundo de Alice

Segundo a Associação Portuguesa da Síndrome de Asperger (APSA), as crianças com SA são "mais vulneráveis"  e, na escola, são, muitas vezes, "um alvo preferencial do abuso físico e verbal por parte dos colegas". Ao mesmo tempo, ao crescerem, tomam melhor consciência da sua diferença e "podem ter tendência para a solidão e depressão"(...)
(...)No entanto, de acordo com a APSA, "o futuro das pessoas com SA não necessita de ser obrigatoriamente negro". Os adultos podem vir a ter carreiras de sucesso, tomando partido das suas qualidades de obstinação, capacidade de memória e também de algumas das suas características como a pontualidade, dedicação e confiabilidade.

Em meus estudos e pesquisas sobre  a Síndrome de Asperger encontrei o blog  O mundo de Alice (http://aliceemseumundo.blogspot.com/) que foi criado para que ela pudesse compartilhar seu modo de ver as coisas, suas adaptações,  suas descobertas e, principalmente, encontrar pessoas que queiram dividir tudo isso com ela.  Achei suas postagem de uma verdade e simplicidade profundas, certamente ela me fez entender melhor seu mundo que tambem é o meu, apenas olhado sob uma outra ótica.

 
Veja um de seus depoimentos:

12/01/11


Crises

As vezes tenho umas crises de desespero.

Hoje eu estava conversando com meu marido a respeito dele estar passando muito tempo dentro de casa. Ele tem um home office e, desde que começou a trabalhar em casa, passou a perder contato com as pessoas do seu meio profissional. Ele que era tão extrovertido, cheio de amigos, vivia nos happy hours, começou lentamente a ficar como... eu ?

Não quero isso para ele, não o quero na solidão, sentindo-se longe do mundo. Primeiro porque sei o quanto isso é ruim e depois porque me sinto culpada, pois ele foi se moldando ao meu jeito de ser durante todos esses anos juntos.

Então fui conversar com ele, dizer que ele devia marcar de sair com os amigos, fazer alguns trabalhos fora, respirar novos ares como ele sempre fez. E falei do quanto me fazia mal saber que o meu comportamento o estava afetando. Ele, de início não quis concordar que fosse por minha causa, mas conforme fui falando, ele foi concordando.

Num certo momento, me bateu uma tristeza tão grande por eu ser assim, por não poder acompanhá-lo para o mundo, por desagradar tanto as pessoas... me veio à mente os últimos acontecimentos do fim de ano, a maldade de algumas pessoas, a rejeição que estou vivendo num grupo virtual que participo, aquilo tudo foi se misturando e explodiu numa crise como eu não tinha há algum tempo.

Nessas crises eu choro compulsivamente, sinto um desespero tão profundo, uma vontade de não existir, não consigo falar, me ausento, fico numa posição estranha e não adianta ninguém tentar falar comigo que não ouço, não reajo, fico com os olhos parados e respirando bem fundo. Meu marido me descreve o que vê e o quanto fica desesperado.

Nessa hora da ausência total, eu não me lembro do que sinto, lembro-me apenas que, um pouco antes de entrar nesse estado, sinto um desepero tão grande que só quero sumir do mundo. Acho que é aí que me ausento. Já fazia isso quando era pequena, com grande habilidade, quantas vezes eu quisesse. Agora, adulta, não faço mais espontaneamente, só quando tenho essas crises.

Eu realmente espero que o tratamento psiquiátrico me ajude a nunca mais sentir isso e nunca mais fazer com que meu marido e nem ninguém me veja assim.
Não quero mais desagradar as pessoas, não quero mais ser solitária nem levar quem eu amo para dentro das minhas limitações. Quero ampliar meus horizontes. Preciso disso.
Fonte: http://aliceemseumundo.blogspot.com/

Informações específicas sobre o colega com autismo – elaboração de folheto

Recomendado para crianças a partir do 6º ano
Sempre peça a permissão e participação da família do autista nesta atividadeO objetivo desta atividade é conhecer e entender o colega com autismo.


Materiais:Informações gerais sobre autismo; informações específicas sobre o colega com autismo; materiais para confecção de um folheto.

Atividade: Divida a classe em 3 grupos e defina um dos temas para cada grupo:

1. Informações gerais sobre autismo;
2. Semelhanças de gostos e atividades com o colega com autismo;
3. Dicas de como ser um bom amigo para este colega.

Cada grupo deverá reunir informações sobre o tema designado, terão que escolher quais informações são mais relevantes para serem colocadas no folheto e redigi-las.


Se necessário, divida mais um grupo para fazer o layout do folheto, ou faça uma votação com a classe, se possível, peça que a família envie algumas fotos e a classe escolhe qual poderá ilustrar melhor o folheto.


Depois de pronto, peça que a direção da escola imprima e faça cópias a serem entregues aos alunos de outras classes.


Exemplo de folheto:
https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=1zZOBmom02vjFg8WkWSMnguHE_qL0NpMNkfbCG1kDaK_z-rqkbUBozrDB7L9o&hl=pt_BR

Informações gerais sobre autismo – sentir na pele

Recomendado para crianças de 1º ao 9º ano.


O objetivo desta atividade é experenciar como uma pessoa com autismo pode perceber o mundo.


Materiais:Blusa de manga comprida com velcro pelo lado de dentro. Cole a parte áspera do velcro.
Sapatos de número grande.
Óculos com vaselina (ou qualquer creme) nas lenntes.
Grupo de pelo menos 3 crianças.


Atividade:


Tato: para experienciar como uma pessoa com autismo pode sentir seu corpo, peça que um aluno vista a blusa com velcro e leia um texto de média dificuldade.

Peça que ele leia o mesmo texto, agora sem a blusa e comente a diferença que sentiu na concentração nas duas situações.

Faça o mesmo com outros alunos.

Explique, então, que algumas pessoas com autismo, sentem que a roupa incomoda, por mais macia que possa ser para nós, e sua concentração está sendo constantemente bombardeada por essa experiência táctil desagradável.

Peça aos alunos para refletirem como seria viver assim.


Visão: para experienciar como uma pessoa com autismo pode enxergar, peça que um aluno coloque os óculos com vaselina nas lentes e circule pela sala de aula, depois que ele copie um texto da lousa.

Faça o mesmo com outros alunos.

Explique, então, que algumas pessoas com autismo, enxergam desta maneira ou de outras também distorcidas, que algumas pessoas ficam com a visão aida mais perturbada quando expostos a luz do Sol ou lâmpadas fluorescentes (que estão em vários estabelecimentos comerciais).

Peça aos alunos para refletirem como seria viver assim.


Audição: para experienciar como uma pessoa com autismo pode ouvir, divida os alunos em grupo de três e peça que um seja o contador de história, outro o ouvinte e o terceiro o distrúrbio auditivo.

O contador conta uma história simples enquanto o distúrbio faz sons diversos no ouvido do ouvinte, faça a atividade por 3 minutos.

Depois peça que o ouvinte reconte a história.

Explique, então, que algumas pessoas com autismo, ouvem mais sons que nós porque o cérebro deles não consegue anular ruídos como o nosso.

Peça que tanto o ouvinte fale de sua experiência, tanto o contador da história.

Peça aos alunos para refletirem como seria viver assim.

Perguntas a fazer para a classe:

Você já sentiu que ninguém entende o que vocês querem comunicar?
Você já se sentiu ignorado?
Como você se sentiria se você não tivesse amigos?
Como você poderia fazer um colega se sentir bem?

Educar a emoção


Muito pensamos em ensinar habilidades práticas aos nossos filhos, ou conceitos lógicos, mas será que estamos sabendo focar no que rege todos os comportamentos e aprendizados?

A emoção é fundamental na memória e no aprendizado. É através, primeiramente da emoção que o nosso cérebro dá sentido ao que percebemos. O nosso sistema sensorial capta os estímulos do meio, externos ou internos ao nosso corpo, a emoção provocada por estes estímulos é que vai definir se estas informações vão para o campo do raciocínio lógico ou se disparamos sistemas de defesa primários.

A informação que não é vivênciada é apenas dados, a experiência que sempre está aliada à emoção é o verdadeiro conhecimento.

Podemos falar, falar e falar; mas sem a vivência da situação pouco o cérebro humano absorve, os conceitos que ficam para sempre em nossas vidas, são aqueles passados através da nossa emoção. Esses sim tem um valor às nossas vidas, que são capazes de adaptar ou mudar comportamentos.

Aprender sobre o mundo que nos cerca, como as coisas funcionam, qual a lógica, as regras, é sem dúvida importante. MAS, conhecer o universo que há dentro de nós, entender as nossas próprias emoções, aprender a equilibrá-las, é sem dúvida a maior lição que temos que aprender na vida, e isso não é diferente para nossos filhos com autismo.

Nem todas as emoções são prazeirosas, mas todas as emoções são válidas e devem ser vividas e aprendidas. Equilibrá-las é a chave para uma vida com qualidade, evitá-las nos levará ao caos, cedo ou tarde.

Cada lágrima, cada angústia é um solo fértil para a construção da nossa personalidade, do nosso sistema emocional, e o caminho para atingir o equilíbrio.

Sentir-se bem também é importante, rir de prazer, rir de bobeira, mas a felicidade que vem da competência e do sentimento de independência é o que nos faz verdadeiramente felizes.

Poesia

Eu, autista
Criaram para mim
Um mundo paralelo
Obscuro, ilusório
Um mundo que não quero
Olham-me, poucos
Acolhem-me, menos
Entendem-me em sopros
De palavras ao vento


O chão que piso
Também é teu
É do teu mundo esse escuro
Esse breu


Olho e percebo tudo ao redor
Deste mundo disforme
Inexato e abafador


Nem só de verbo
se comunica o ser
Não são só palavras
É o corpo a dizer

Nosso país não me cuida
Com devida atenção
Negligencia minha existência
Porém, tudo em vão

Sou alpinista
Escalando muros de preconceito
Sou o autista
Humano e possuo direitos

Um país carente de olhar
De informação
Habitamos esse mar
De diferenças e confusão


Sou tantos Pedros,
Júlias e Marias
Sou dois milhões
De aflições e alegrias

Existo e peço
Que olhem mais para mim
E meu endereço
É o mesmo mundo sim!




MAZU GONÇALVES

ARTERAPEUTA –Apae Várzea Paulista

Senado aprova política de proteção da pessoa autista

[senador Paulo Paim (PT-RS)]
O Plenário aprovou nesta quarta-feira (15/06/2011) o Projeto de Lei do Senado (PLS) 168/11 que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa Autista. O projeto estabelece os direitos fundamentais da pessoa autista e equipara o portador desse distúrbio à pessoa com deficiência, além de criar um cadastro único dos autistas, com a finalidade de produzir estatísticas nacionais sobre o problema. O texto segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
A política de proteção deverá articular, conforme o projeto, os organismos e serviços da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios nas áreas de saúde, educação, assistência social, trabalho, transporte e habitação, com vistas à coordenação de políticas e ações assistenciais.
O senador Paulo Paim (PT-RS) saudou a aprovação do projeto e lembrou a realização da sessão de homenagem aos autistas no dia 27/06/2011. Paim é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), autora da proposta, e foi seu relator na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). O texto tem como base sugestão da Associação em Defesa do Autista (Adefa).
- Agradeço em nome dos autistas pela aprovação do projeto que interessa tanto a todos os familiares e, enfim, aos autistas.
Em seu parecer favorável ao PLS 168/11 na CAS, o senador Paulo Paim (PT-RS) explica que o texto "define a pessoa com transtorno do espectro autista com base em características clínicas da síndrome e a equipara à pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais".
O projeto prevê ainda direitos dos autistas, como proteção contra exploração e acesso a serviços de saúde e de educação, ao mercado de trabalho, à moradia e à assistência social. Também estende o direito a jornada especial a servidor público que tenha sob seus cuidados cônjuge, filho ou dependente autista.
No debate da proposta, Paim lembrou que o assunto foi discutido em diversas audiências públicas no Senado. Ressaltou ainda que a política possibilitará a articulação de ações governamentais voltadas à proteção de pessoas com transtorno de espectro autista.
 
 
Paulo Cezar Barreto / Agência Senado

"Deficiência Intelectual e as variações no tempo de aprendizagem"

Esse é o título da sessão Especial da Revista Ciranda da Inclusão da edição do mês de  junho deste ano/ pág. 5 a 6.
Na minha opinião é mais do que comum, é certamente natural que encontremos em nossas salas de aula alunos com deficiência intelectual com ritmos diferenciados de aprendizagem. Isto porque, embora a deficiência seja a mesma, as peculiaridades relacionadas ao desenvolvimento individual de cada sujeito é o que o diferenciam enquanto pessoa, ímpar, única!
O texto nos traz considerações importantes que precisamos reconhecer em nossos alunos para que eficazmente seja estabelecido o planejamento, as ações pedagógicas/metodológicas e a avaliação, dentre outros pontos necessários à qualidade do ensino inclusivo. 
Procurei preservar na integra os aspectos citados no texto sendo que  o tempo pode ser, então, considerado conforme três aspectos:
  • ASPECTO QUANTITATIVO: "refere-se ao tempo que pode ser contabilizado , o contar das horas, dias, semanas, meses ou anos. Por exemplo: um aluno demora 30' para fazer um exercício enquanto o outro demora 3horas para realizar a mesma atividade".
  • ASPECTO QUALITATIVO:  "refere-se ao tempo interno, ao tempo que cada pessoa precisa para cada atividade, aprender algo ou fazer uma terefa". Por exemplo: o professor explica um conteúdo, um aluno demora 20' para entender e o outro, demora 3 semanas".
  • ASPECTO SEQUENCIAL: "refere-se ao tempo interno para colocarmos em prática aquilo que aprendemos na teoria. Por exemplo: após a explicação, um aluno demora 5 minutos para realizar a primeira tarefa com sucesso e o outro, demora três semanas para realizar uma atividade com esse conteúdo com sucesso". 
É importante considerar algumas dicas para o professor:   
  1. "Quando tiver algum aluno que apresenta dificuldades na aprendizagem, o mais importante é garantir que o conteúdo não seja acelerado, e nem passado em branco pelo aluno, mas que se busque formas e estratégias, materiais para que aquele conteúdo seja aprendido.
  2. O trabalho em duplas ou pequenos grupos facilita a aprendizagem dos alunos e a mediação do professor.
  3. Não exponha a dificuldade do aluno em público.
  4. Se houver necessidade de repetir o conteúdo para melhor assimilação do aluno, use metodologias diferentes para tratar o mesmo tempo.
  5. Alunos que apresentam dificuldades no aprendizado podem ser encaminhados  para o Atendimento Educacional Especializado (AEE).
  6. O aluno deve ser avaliado pelo que já consegue fazer.
  7. O aluno deve sempre estar inserido numa sla com alunos com a mesma idade cronológica que a dele".     
Ana Luíza B. Smolka,  em seu texto "O Trabalho pedagógico na diversidade (Adversidade?) na sala de aula" , destaca que a "A sala de aula é um ponto de encontro das diferentes histórias, dos diferentes percursos, dos diferentes saberes. Mas começa a ser uma lugar de descompasso, de desencontro,   quando as "dificuldades de aprendizagem" e os "problemas de comportamento" começam a aparecer".
Para tanto, cabe o conhecimento sobre toda essa adversidade sendo que "...é impossível o professor, na sala de aula, passar à margem dessas relações...", não é mesmo?

Como define muito bem Werneck "...a nós (professores) interessa que o maior número possível de alunos chegue aos objetivos, aprenda, consiga, logre êxito. O tempo fica a nosso serviço assim como a sua administração e as quantidades".

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vamos fortalecer a inclusão no nosso país

*Carta enviada a milhares de professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) para reforçar nosso movimento em defesa da Educação Inclusiva no país.
Caros amigos e amigas,
Desde que iniciamos nossa campanha em defesa da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, recebemos muito apoio, milhares de assinaturas ao nosso manifesto e, claro, algumas oposições.
No entanto, esta comunicação chega a todos os educadores brasileiros, em especial aos professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), com o intuito de divulgar o seguinte:
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1) Nosso trabalho e nossa luta estão totalmente baseados na Constituição Federal Brasileira e na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Por isso, para fortalecermos essa luta, reafirmamos nosso movimento. Pedimos que todas as pessoas que tenham consciência do trabalho sério que tem sido feito até aqui se mobilizem para que o país todo saiba o que é inclusão, o que os professores do AEE fazem e a importância desse trabalho. Para isso, nosso manifesto online está no ar e não tem data para sair! Já atingimos a meta inicial de 10 mil assinaturas. A nova meta agora é 15 mil. Vamos em frente! Assine, divulgue:
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2) Além do manifesto on-line, recebemos, por e-mail, muitas assinaturas a mão! Só para se ter ideia, de Parintins (AM) vieram 2.372 assinaturas de uma vez, tudo digitado ou escaneado. O pessoal coletou assinaturas nas escolas, com pais e mães de crianças atendidas pelo AEE. Se você quiser enviar assinaturas em papel, basta escanear as páginas e enviá-las ao e-mail de Meire Cavalcante (mecavalcante@gmail.com). Vamos fazer uma supermobilização durante esta e a próxima semana. Coletem assinaturas! Precisamos mostrar o trabalho feito pelos profissionais do AEE, que tem sido alvo de críticas por puro desconhecimento.
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3) Lançamos oficialmente o site www.inclusaoja.com.br. Nele, é possível:
a) assinar o manifesto online.
b) enviar assinaturas de pessoas que não têm e-mail (bastando colocar nome completo, CPF e cidade/estado).
c) contar casos de inclusão de alunos, professores, familiares e redes de ensino. VAMOS, PESSOAL, MOSTRAR O QUE É O AEE e o que os PROFESSORES QUE ATUAM NA INCLUSÃO FAZEM!
Participem! E não se esqueçam de twitar e compartilhar as páginas do site no seu Facebook!
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4) Assistam ao vídeo do administrador e professor Hanz Frank. Ele é surdo e deu, de forma espontânea, um depoimento sobre sua história e sobre o que ele defende quando o assunto é a escolarização de alunos surdos em escolas comuns. O vídeo também esclarece o ponto de vista daqueles que, como a professora Maria Teresa Mantoan, defendem a educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Divulguem!
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5) Informamos que a Ampid (Associação Nacional do Ministério Público de Defesa da Pessoa com Deficiência e Idoso) lançou uma nota de apoio à política nacional de Educação Inclusiva. Vamos divulgá-la também!
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Por fim, vamos nos mobilizar! Assim, teremos como exigir respeito ao trabalho de milhares de professores e gestores que atuam para a inclusão acontecer e teremos como garantir que se cumpra a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e, portanto, nossa própria Constituição Federal.
Um abraço inclusivo.
Equipe do Inclusão Já!
Claudia Grabois
Maria Teresa Eglér Mantoan
Meire Cavalcante

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Eu não sou diferente de ninguém ,

Como escolher a escola inclusiva?


Em que escola colocar o meu filho com necessidades especiais?

Neste período do ano muitos pais estão enlouquecidos com sua tarefa de casa: visitar escolas, entrevistar diretores e coordenadores, trocar informações e assim por diante.

Dicas para os pais:

-observar os aspectos físicos da escola. O prédio não precisa ser bonito e moderno, mas tem de ser seguro e acolher adequadamente as crianças.
(evitar presença de escadas e rampas muito inclinadas, móveis pontiagudos, brinquedos que oferecem risco de queda, piso sem proteção antiderrapante,O vaso sanitário é baixo? A criança tem fácil acesso às pias? As salas são arejadas? Há espaços abertos e ensolarados para a criança brincar?)

-observar os profissionais que vão cuidar do seu filho são pessoas carinhosas e distribuem atenção entre várias crianças.

-para cada sala de 10 a 12 alunos muito pequenos, são precisos pelo menos dois profissionais para prestar os devidos cuidados.

-evitar os professores que dão tarefas e propõem atividades o tempo todo, que se comunicam com seus alunos como se eles fossem maiores ou miniadultos, que trabalham a maior parte do tempo em salas fechadas.

-analisar a rotina da escola, é importante que ela seja adequada ao ritmo do seu filho.

-Linha pedagógica: nessa fase, o fundamental é que a criança seja bem acolhida emocionalmente, mas é importante também verificar quais são os desafios propostos para o seu desenvolvimento cognitivo e motor.

-Os pais devem ter atenção se a escola incentiva a solidariedade, o respeito, a ética, entre outros conceitos que formam o ser humano de caráter honroso.

-verificar os tipos de brinquedos,materiais,livros e recursos utilizados pela escola para o processo aprendizagem.

-evitar um tipo de disciplina muito rígida, que impõe distância no relacionamento com a criança e uma carga intensa de conteúdo e lições de casa que não pode ser acompanhada pela criança.

-prestar atenção no perfil do profissional que lhe atende. Se você for recebido por um coordenador ou professor capaz de explicar os métodos pedagógicos, é um sinal de que a escola valoriza o diálogo com os pais.

Quanto à participação da família na vida escolar, é importante ser uma mãe ou um pai presente e interessado nos estudos do filho, mas a confiança na escola é primordial.

Dica para as escolas
Direitos Humanos
Uma ótima idéia para trabalhar o tema da inclusão em sala de aula é a historinha do cartunista Ziraldo sobre os direitos humanos, onde o personagem principal é o Menino Maluquinho. São trinta artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
 
fonte:http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com

Atividades online

 
Um site "recheado" de jogos on-line,
onde as crianças podem navegar com facilidade!

 
 

Como lidar com crianças autistas na escola

 - No início da aula, a transição de deixar o seu pai / cuidador para se tornar parte de seu grupo, é uma forma estressante para criança com autismo.Dica para os professores - deixar pronto todos os materiais e inciar com o brinquedo preferido da criança ou atividades que são fáceis de fazer. 
-Pergunte ao pai/ cuidador antes do início das aulas que atividades favoritas dos seus filhos são, e encontrar uma maneira de trabalhá-las neste momento de transição.
-Materiais como papel machê, cola, tintas de dedo, massinha, argila, etc, pode causar a criança a ter uma resposta negativa. Incentivar o uso de ferramentas (pincel, trincha ou luvas) para as crianças  super sensiveis ao toque.Planejar as atividades e estar ciente de certas modificações.
-O aluno que têm um fascínio com os brinquedos de transporte (carro,trem).Propor uma atividade pintura ou modelagem com eles.

-As pistas visuais (objetos concretos, fotos) são muito importantes.O ambiente deve ter uma imagem explicando o seu uso e finalidade.
-Coloque imagens em embalagens de itens do que pertence no recipiente. Coloque essas mesmas imagens nas prateleiras onde os recipientes sejam mantidos. Isso é muito reconfortante e acolhedor para uma criança com autismo.
-Ordem e previsibilidade são muito importantes. Essas pistas visuais ajudá-los a prever os efeitos do seu ambiente, e remover o medo do desconhecido. Além disso, a utilização de um programa de imagem ou o nome da criança gravado (mesa, hora da roda e nos materiais)
-Mais uma vez, a previsibilidade ajuda a criança com autismo funcionam suavemente e sem medo e stress. Quanto mais você pode informar a criança com autismo sobre seu ambiente e que vai acontecer a seguir, mais sucesso você terá comportamentalmente.
 -Ambiente tranquilo (um cantinho com um tapete no chão, uma cadeira puff ou uma cadeira de balanço para sentar. Criar um espaço maravilhoso para a criança mais agitada acalmar.
- Muitas pessoas com autismo têm dificuldade em filtrar ruídos estranhos. Usando um tapete no chão, vai ajudar a minimizar estes sons.
-Evitar vários cartazes, brinquedos, e outros estimulos. As crianças com autismo, são completamente distraído por estímulo visual. Um educador sábio, que quer a atenção de seus alunos, irá evitar nas paredes vários cartazes.
-Incentivar a ajuda na limpeza e organizar o ambiente  é uma ótima maneira para a criança com problemas de integração sensorial para usar seus músculos grandes. Fazer estas crianças para transportar cadeiras pesadas ou livros ajuda a organizar seu cérebro e também tem um efeito calmante sobre o sistema nervoso. 
-Deixar o aluno com autismo ser ajudante na sala de aula. Isso lhes dará mais oportunidades para o movimento que muitas destas crianças anseiam.Carregar os materiais, apagar o quadro-negro, lavar mesa, organizar os brinquedos são algumas idéias.
-Nunca punir uma criança com autismo que procura movimento, tirando um recreio ao ar livre. Isso só vai aumentar a inquietação e explosões. 
-Para as atividades de círculo e de grupo, tentar fornecer puff ou tapete individual, para que o aluno com autismo entende que sua posição é no espaço. Isto proporciona-lhe um limite físico.
-Preparar e organizar o ambiente e os materiais de acordo com nível intelectual da criança com autismo.
 
 

Brincando com a criança autista

  • Em todas as brincadeiras, os olhos do adulto deverão estar no mesmo nível do olhar da criança.
  • “Vou pegar você” - brincar de “pegar”, fazer cócegas, abraçar. Repetir várias vezes e parar. Se a criança , de alguma forma, pedir que o adulto repita a brincadeira, o adulto deve repetir.
  • Imitar a ação da criança , usando dois brinquedos iguais (carros, chocalhos, objetos que rolem) . No início, fazer o movimento ao mesmo tempo que a criança, depois em turnos.
  • Soprar bolas de sabão
  • Pião – demonstrar para a criança, repetir, parar, esperar que ela peça por mais. No início, aceitar qualquer tentativa de comunicação.
  • Brinquedos com sons / luzes – deixar a criança explorar, depois brincar com ela, em turnos.
  • Fantoches de animais – o adulto deve fazer uma voz diferente; imitar o som do animal; dizer o nome do animal. O fantoche beija a criança, abraça, se esconde, dá tchau, bate palmas.
  • Músicas - aproveitar o interesse da criança e dançar com ela, segurando suas mãos, pulando, balançando, imitando os movimentos dela ( se a criança mais tarde imitar os seus, ótimo !).
  • Bola – jogar ou rolar para a criança e ensiná-la a jogar/ rolar a bola de volta (talvez sejam necessários dois adultos) . Quando ela souber jogar para outra pessoa, jogar outros brinquedos, como carrinhos.
  • Livro - mostrar figuras , apontando para a figura e para a criança, sucessivamente.
  • Surpresa! – coloque vários objetos/ brinquedos num saco e ao retirá-los, exagere a surpresa. Quando a criança se interessar, ela e o adulto retiram em turnos.
  • Surpresa! 2 - esconda objetos/brinquedos pela casa e procure-os com a criança. Quando encontrá-los, exagere a surpresa.
  • Imitar a criança em brincadeiras menos óbvias ( aqui também são necessários dois objetos ) : falar ao telefone, colocar o boné, colocar um objeto na cabeça, pentear o cabelo, brincar de “comidinha”etc.
  • Brincar com bonecos – dar comida, banho, pentear, colocar para dormir, sentar na cadeira, entrar na casa, sair etc. 

Johanna Cordeiro Melo Franco

Atividades para aprender os Números


Aprender a escrever os números podem ser frustrantes para algumas crianças.


Sugestões de atividades lúdicas que ajudam a construir as habilidades motoras finas de uma forma divertida descontraída.

-Para fazer o seu próprio saco de tinta escrita, coloque um pouco pintura a dedo em um saco resistente ziploc com fita adesiva na parte de cima.Pode escrever com o dedinho ou cotonete.


-Massinha,palito de picolé,tampinhas,moedas,bolinhas de gude ou algodão




-Brinquedos pedagógicos


-Livro dos Números Escreva e Apague da Ciranda Cultural

A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS SENSORIAIS



PARA CRIANÇAS DE TODAS AS IDADES :

Através dos nossos sistemas sensoriais percebemos o nosso corpo e todo o ambiente à nossa volta. Aprendemos a usar a visão, a audição, o paladar, o tato, o olfato, as sensações proprioceptivas (dão informações sobre o que os músculos estão fazendo, e como eles devem se movimentar) e vestibulares ( dão informações sobre o equilíbrio, postura, controle do estado de alerta, atenção e regulação emocional) para realizarmos nossas tarefas e atividades de vida diária.

As experiências e vivências sensoriais são “alimento” para o cérebro, que tem a função de “organizar as sensações do próprio corpo e do mundo, de forma a ser possível o uso eficiente do corpo no ambiente” (AYRES, 1972).

Por serem de fundamental importância, as experiências e vivências sensoriais devem fazer parte da rotina infantil e podem acontecer nos mais diversos ambientes: casa, escola, parques, clubes, etc.




Aí vão alguns exemplos de brincadeiras sensoriais :

Táteis: brincar com areia, água, terra, grama, argila, massinha,, brinquedos de consistências e texturas diferentes.

Visuais: brinquedos coloridos e com contrastes (ex: preto, branco; amarelo / preto).

Auditivos: brincar com instrumentos musicais, ouvir músicas de diferentes estilos, cantar.

Olfativos / gustativos: cheirar, provar e preparar alimentos com consistências e sabores variados ( líquido, pastoso ,sólido e doce, salgado, amargo ).

Proprioceptivos: brincadeiras que envolvem o uso de força ( puxar, carregar, amassar, lavar, esfregar ) . Ex de brincadeiras: cabo de guerra, carrinho de mão.

Vestibulares: brinquedos e atividades relacionadas com movimento: rodar, balançar, pular, correr. Os brinquedos de parque são uma boa oportunidade para vivenciar estes estímulos.


Estas e tantas outras brincadeiras sensoriais são base para os pensamentos e atos mais complexos que emergem através do brincar cotidiano, tornando-se fundamentais para o desenvolvimento infantil.
 
 Johanna Cordeiro Melo Franco
Terapeuta Ocupacional Infantil
especiaIista em  Integração Sensorial
 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Teste do Pezinho completou 10 anos

Recebi o e-mail de Soderlania, amiga querida com a sugestão  do texto abaixo para o blog. Então o publico e agradeço amiga!

Em 06 de junho, o Teste do Pezinho completou 10 anos e, para comemorar a
data houve uma audiência pública no Senado. Um dos objetivos da audiência
foi a reivindicação da inclusão do exame para detecção da doença metabólica
Deficiência da Biotinidase no teste do pezinho. Várias famílias com filhos
que têm a deficiência estiveram em Brasília para o evento. É necessário
mostrar como é importante o teste para os recém nascidos.
O teste pode ser realizado na rede particular de saúde mas a maioria da
população não tem esta oportunidade. É por estas crianças que ainda estão
por vir que se precisa lutar.
Atualmente o teste do pezinho oferecido pelo SUS detecta, na fase 1, a
fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito; na fase 2, a fenilcetonúria, o
hipotireoidismo congênito, doenças falciformes e outras hemoglobinopatias;
e, na fase 3 (feita apenas em quatro estados), a fenilcetonúria, o
hipotireoidismo congênito, as doenças falciformes, outras hemoglobinopatias
e a fibrose cística.
Com R$ 0,50 a mais por teste, o SUS poderá incluir o diagnóstico da
biotinidase. “O diagnóstico precoce, no primeiro mês de vida, faz com que a
criança não desenvolva nenhum sintoma da doença. Caso contrário, eles
começam a aparecer entre os 3 e 6 meses de idade”, diz o médico e
pesquisador norte-americano Barry Wolf, que descobriu a biotinidase em 1982.
De origem genética e causada pela falta de produção no organismo de uma
enzima essencial ao funcionamento do metabolismo, quando não tratada, a
doença provoca problemas de pele, surdez, convulsões, coma e pode levar à
morte.
Uma pesquisa realizada por um laboratório do Rio Grande do Sul indicou que a
incidência da biotinidase entre brasileiros é de um caso em cada 17 mil
nascidos. Nos Estados Unidos, a taxa é de 1/60 mil.
Tira-Dúvidas
1) O que é Deficiência da biotinidase?
É uma doença genética na qual o organismo não produz uma enzima chamada
biotinidase. Essa enzima é responsável por captar a biotina dos alimentos,
enzima essencial para o funcionamento do metabolismo.
2) Tem cura?
Não, mas pode ser tratada. O diagnóstico deve ser precoce para que a criança
não sofra com os sintomas.
3) Quando não tratada, o que pode causar?
Problemas irreversíveis, como surdez, retardo mental e cegueira. Também pode
levar à morte.
4) Como é feito o diagnóstico precoce?
Por meio do teste do pezinho. A rede pública ainda não realiza o
diagnóstico, que deve ser feito em laboratórios particulares.
5) Quais são as outras doenças que podem ser detectadas com o teste do
pezinho?
No teste básico ou tradicional são pesquisadas duas doenças, o
hipotireoidismo e a fenilcetonúria. A primeira refere-se a um mau
funcionamento da glândula tireóide (que fica no pescoço). Na segunda, o
organismo da criança não consegue aproveitar uma substância chamada
fenilalanina, presente em muitos alimentos.

Momento Presencial do Curso de Especialização em AEE ( UFC) - Juazeiro do Norte - Ceará





Minhas queridas colegas de curso, flores guerreiras com quem muito aprendo.





Tânia, minha querida colega de curso. Uma lutadora em ação no CEJA Cícera Germano em  Juazeiro do Norte.

Minha tutora, Loézia, nosso abraço não é apenas físico, mas também, de sonhos, lutas e ideais.
Inclusão: um mundo melhor.




Visita a Escola Municipal Antonio Ferreira Lima







































 

A escola localizada na Zona Rural - Poço da Pedra, tem incluida uma de nossas alunas. Por ocasião da visita, foi realizada palestra para toda comunidade escolar sobre inclusão e o papel do AEE. Agradeço a acolhida e atenção de todos que fazem a escola Antonio Ferreira Lima.